Title: | Os determinantes da expansão externa do capital chinês e a transição na Ordem Mundial: uma abordagem marxista das relações internacionais |
Author: | Pereira Junior, Ailton Manoel |
Abstract: |
Quais são os determinantes da expansão externa do capital chinês no século XXI ? Visando responder esta pergunta, o presente trabalho se apoia no materialismo histórico de vertente marxista aplicado às relações internacionais para analisar o histórico de relações da China com o sistema interestatal capitalista, desde sua integração no contexto de Ordem Mundial Liberal dos anos 1980 até sua recente ascensão nos assuntos internacionais. Mobilizando técnicas de pesquisa históricas e estatísticas, argumenta-se que fatores políticos, econômicos, institucionais, materiais e ideacionais, a nível nacional e internacional, explicam a expansão de capital chineses. Dentre eles, destacam-se: integração da China à economia mundial como seu centro produtivo; a centralidade do PCCh de disciplinar o capital externo e manter suas capacidades estatais de planejamento e atuação econômica, a partir do controle do poder político; as políticas de Reforma e Abertura, a partir de 1978, e a ascensão de Xi Jinping, em 2012, na esteira da crise mundial, que geraram, ambas a seu tempo, reformas institucionais no país; a alteração do padrão de acumulação interno da China; características de alinhamento político e econômico entre a China e os países receptores de seus capitais, como a adesão a BRI, o alinhamento nas votações da ONU, a integração comercial, e o tamanho dos mercados dos países receptores. Frente ao exposto, argumenta-se que a China atua no sentido de alterar a Ordem Mundial Liberal e sua expansão de capital é um instrumento nesse processo, em linha com o funcionamento do sistema interestatal capitalista, de constante disputa entre unidades políticas por ampliação do controle e acesso a mercados. What are the determinants of the external expansion of Chinese capital in the 21st century? To answer this question, this study relies on Marxist historical materialism applied to international relations to analyze China's relationship with the capitalist interstate system, from its integration into the Liberal World Order in the 1980s to its recent rise in international affairs. By employing historical and statistical research techniques, this work argues that political, economic, institutional, material, and ideational factors at both national and international levels explain the expansion of Chinese capital. Key factors include China's integration into the global economy as a production hub; the Chinese Communist Party's (CPC) central role in regulating foreign capital and maintaining state planning and economic capabilities through political control; the policies of Reform and Opening Up since 1978, and Xi Jinping's rise in 2012 during the global crisis, both of which brought about institutional reforms in the country; the change in China's internal accumulation pattern; and the political and economic alignment characteristics between China and the recipient countries of its capital, such as adherence to the Belt and Road Initiative (BRI), alignment in UN votes, trade integration, and the size of the recipient countries' markets. Based on these findings, it is argued that China is working to alter the Liberal World Order, and its capital expansion is an instrument in this process, consistent with the functioning of the capitalist interstate system, which involves constant competition among political units for control and access to markets. |
Description: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Relações Internacionais. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/262046 |
Date: | 2024-12-04 |
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TCC_-_Ailton_Manoel_Pereira_Junior_-_Final.pdf | 1.265Mb |
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