Desigualdades sociais na prática de atividade física de lazer entre idosos no Brasil: evidências da pesquisa nacional de saúde 2019

Abstract

Objetivo: O estudo teve como objetivo investigar a associação entre as desigualdades sociais, representada por fatores demográficos e socioeconômicos, com a atividade física de lazer em idosos no Brasil. Método: Este é um estudo observacional tipo transversal que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Foram utilizadas as informações dos indivíduos de 60 anos ou mais de ambos os sexos, que responderam ao questionário individual, resultando em uma amostra final de 22.728 indivíduos. A variável desfecho deste estudo foi a atividade física no lazer segundo sexo, faixa-etária, cor da pele, estado civil, escolaridade, renda domiciliar per capita e área de residência. As razões de prevalência e os intervalos de confiança foram calculados pela regressão de Poisson Resultados: Os resultados indicaram que a prevalência geral de atividade física no lazer na amostra de idosos investigada foi de 19,4%. O desfecho foi mais prevalente entre homens, nos idosos de 60 a 69 anos, casados, nos indivíduos com maior escolaridade e renda, assim como naqueles que residiam em áreas urbanas. Conclusão: Destaca-se a visibilidade que o estudo trás as desigualdades no âmbito da atividade física de lazer. Contribui para a promoção e educação de saúde em grupos populacionais específicos, como público feminino. Destaca também a necessidade de políticas publicas que visam o combate às desigualdades tanto educacionais como a de renda.

Objective: The study aimed to investigate the association between social inequalities, represented by demographic and socioeconomic factors, and leisure-time physical activity among older adults in Brazil. Method: This is a cross-sectional observational study using data from the 2019 National Health Survey. The data of individuals aged 60 years or older, of both sexes, who responded to the individual questionnaire were used, resulting in a final sample of 22,728 individuals. The outcome variable in this study was leisure-time physical activity, according to sex, age group, skin color, marital status, education, household income per capita, and residential area. Prevalence ratios and confidence intervals were calculated using Poisson regression. Results: The results showed that the overall prevalence of leisure-time physical activity in the sample of older adults was 19.4%. The outcome was more prevalent among men, those aged 60 to 69 years, married individuals, those with higher education and income, and those living in urban areas. Conclusion: The study highlights the visibility of inequalities in leisure-time physical activity. It contributes to health promotion and education in specific population groups, such as women. It also emphasizes the need for public policies aimed at combating both educational and income inequalities.