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A tuberculose, mesmo sendo uma doença com alta possibilidade de cura, é ainda uma das patologias que preocupa o sistema de saúde brasileiro. A alta prevalência no Brasil, pode ser atribuída à falta de programas de conscientização voltados principalmente para a prevenção, mas, a falta de informações sobre o tratamento disponível na rede pública, bem como, a carência de uma estrutura organizada do sistema de saúde pública, despreparo de profissionais como médicos e enfermagem, entre outros, contribuem fortemente para o número grande de casos doença. Mediante esse quadro atual, o trabalho tem como objetivo avaliar a incidência de tuberculose no município de Araranguá, localizado no estado de Santa Catarina, entre os anos de 2017 e 2022 e fazer uma análise comparativa com a incidência apresentada no estado de Santa Catarina, na região Sul do Brasil e no Brasil. Trata-se de um estudo do tipo ecológico, que foi desenvolvido a partir de dados de incidência de tuberculose obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) entre os anos de 2017 e 2022. Os dados obtidos mostraram que entre os anos de 2017 e 2019 em Araranguá, houve uma redução significativa nos números de casos quando comparado aos demais anos, redução ainda maior em 2020, porém nos anos seguintes, 2021 e 2022, houve aumento no número de casos, mas não superou a queda apresentada nos anos anteriores. No estado de Santa Catarina, houve aumento no número de casos entre os anos de 2017 e 2018. Em 2019 e 2020, o número de casos reduziu, porém, a partir de 2021, os números voltaram a crescer. Na região Sul, houve aumento significativo no número de casos entre os anos de 2017 e 2019 quando comparado aos demais anos e ao Brasil. Em 2020, o número de casos reduziu, porém, a partir de 2021, voltaram a crescer. No Brasil, houve aumento no número de casos entre os anos de 2017 e 2019. Em 2020, o número de casos reduziu, porém, a partir de 2021, os números voltaram a crescer. A redução observada em todos as regiões no período de 2020 foi atribuída à pandemia da COVID-19, prejudicando o diagnóstico de novos casos de tuberculose. Hipotetiza-se que a redução significativa na incidência no município de Araranguá entre 2017 e 2019 seja em decorrência de uma diminuição na pesquisa de sintomáticos respiratórios no município. Acredita-se que a demora no diagnóstico e consequentemente o atraso no tratamento da tuberculose é ainda um fator crítico e necessário a ser abordado, dessa maneira, acreditamos ser totalmente inviável o cumprimento das metas do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, uma vez que a incidência apresentada no município da Araranguá, no ano de 2022, foi de 41,71 casos, porém, o esperado é que esse número seja menor do que 10 para cada 100.000 habitantes. |
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