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O surfe cada vez mais vem se disseminando, ganhando praticantes ao redor do mundo e quebrando uma visão marginalizada que se tinha da prática há alguns anos atrás. Do ano 2000 em diante, ficou evidente um maior interesse em pesquisas relacionadas ao surfe, porém, a maioria delas é direcionada a atletas, sendo que os novos adeptos são em sua maioria amadores, que surfam por diversão, prazer e lazer. Surfar é uma prática não convencional que alia atividade física e o contato com a natureza, dois fatores que influenciam a adoção dessa atividade na busca de um estilo de vida (EV) mais saudável e uma melhor qualidade de vida (QV). Desta forma, o objetivo desta pesquisa é avaliar a QV e o EV de surfistas amadores. Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal, de natureza aplicada com objetivo descritivo. Os dados foram coletados por meio da aplicação de uma anamnese e questionários online, utilizando a ferramenta do GoogleForms, caracterizando uma amostra não probabilística por conveniência. Para testar a associação entre a variável dependente do estudo (QV) e as variáveis independentes (variáveis sociodemográficas, frequência semanal e tempo de prática, componentes do EV) foi aplicado o teste de Qui-quadrado. As análises foram realizadas utilizando-se o software de estatística IBM®️ SPSS®️ Statistics 21. O nível de significância adotado foi 0,05 para todas as análises. A amostra consistiu em 42 participantes, predominantemente homens (69%), solteiros (71,4%), de etnia branca (78,6%), com média de idade de 29,9 anos e renda mensal entre 1 e 3 salários mínimos (40,5%). A maioria começou a surfar na vida adulta (42,9%), com experiência superior a oito anos (54,8%), surfando semanalmente por 1 a 2 horas (71,4%). A QV foi avaliada positivamente, com médias significativas nos domínios físico, psicológico, ambiental e social, além de reportar uma QV Geral boa ou muito boa (97,6%). O estilo de vida (EV) também revelou escores positivos, indicando práticas saudáveis. A correlação positiva foi observada entre renda e domínio ambiental da QV, assim como entre o tempo de prática de surfe e o mesmo domínio. Além disso, o componente nutrição do EV correlacionou-se positivamente com os domínios físico, psicológico e social da QV. Conclui-se que os surfistas amadores da Grande Florianópolis apresentam boa QV e EV positivo, sugerindo que o surfe pode influenciar positivamente esses aspectos em adultos da região. |
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