Title: | Efeito de uma intervenção de atividade física no comportamento sedentário de adultos com sintomas depressivos:: um ensaio clínico randomizado |
Author: | Alves, Deborah Kazimoto |
Abstract: |
Embora se saiba que os sintomas depressivos estejam associados a um maior em comportamento sedentário, pouco se sabe sobre intervenções de atividade física que visem diminuir este comportamento de risco em populações adultas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito de uma intervenção de atividade física no comportamento sedentário em adultos com sintomas depressivos. Para isto, foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado com adultos de 20 a 59 anos com sintomas depressivos da grande Florianópolis - Santa Catarina (SC), randomicamente divididos em dois grupos: controle (GC; n = 39) e intervenção (GI; n = 39). O primeiro manteve as atividades habituais, enquanto o segundo realizou uma intervenção de atividade física, baseada na Teoria da Autodeterminação, com encontros online e presenciais, um período de 16 semanas. A intervenção ocorreu duas vezes por semana, com duração de uma hora e meia. Os conteúdos eram diferentes em cada encontro e as atividades envolveram palestras, distribuição de materiais didáticos, discussões em grupo, dinâmicas com a família e amigos e aulas práticas de diferentes modalidades. A coleta de dados ocorreu nas fases pré e pós intervenção, o comportamento sedentário foi mensurado em horas por dia, através uso de acelerômetro (medida direta) fixado no pulso e por questionário (medida indireta), onde foi possível mensurar o tempo gasto, em horas por dia, durante um dia habitual da semana e aos domingos nos tipos (uso do celular, uso da televisão, uso do computador, tempo de tela, tempo estudando, tempo no trabalho) e domínios (lazer, ocupacional e deslocamento) do comportamento sedentário. Os sintomas depressivos foram investigados pelo questionário Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Na análise de dados, empregou-se a Generalized Estimating Equations (GEE) para comparação entre grupos nos períodos pré e pós-intervenção, com o teste post-hoc de Bonferroni, em análises por intenção de tratar (ITT). Os resultados indicam que não houve uma mudança de comportamento sedentário muito expressiva, visto que após 16 semanas de intervenção, verificou-se ausência de efeito no comportamento sedentário total, medido de forma direta e indireta (p = 0,392 e p = 0,749, respectivamente). Quando analisados segundo os tipos e domínios, Em dias de semana, houve diferença significativa para a interação grupo*tempo para o domínio de deslocamento (p = 0,069) e para o tipo assistir de televisão (p=0,100) em prol do GC. quando analisados em grupo*tempo não apresentou resultado significativos, porem ao analisado o indicador tempo, mostrou que houve um aumento do comportamento sedentário em prol do GI, no domínio do deslocamento e no tipo. Todavia, quando observadas as respostas individuais, por análise de protocolo, verificouse que, quando comparados proporcionalmente aos sujeitos do GC, a maior quantidade de sujeitos do GI diminuiu os tempos de comportamento sedentário total (n = 50,0% vs. n = 35,5%), medido de forma indireta, e do domínio ocupacional (56,2% vs. 29,0%). Conclui-se que uma intervenção de atividade física não teve efeito sobre o comportamento sedentário em adultos com sintomas depressivos. Abstract: Although it is known that depressive symptoms are associated with greater sedentary behaviour, little is known about physical activity interventions aimed at reducing this risky behaviour in adult populations. Therefore, the aim of this study was to analyse the effect of a physical activity intervention on sedentary behaviour in adults with depressive symptoms. For this, a randomized controlled trial was carried out with adults from 20 to 59 years old with depressive symptoms of the great Florianópolis - Santa Catarina (SC), randomly divided into two groups: control (GC; n = 39) and intervention (GI; n = 39). The first kept up the usual activities, while the second carried out a physical activity intervention, based on the Self-Determination Theory, with online and face-to-face meetings, a 16-week period. The intervention took place twice a week, lasting one and a half hours. The content was different at each meeting and the activities involved lectures, distribution of educational materials, group discussions, dynamics with family and friends and practical classes in different sports. Data collection took place in the preand post-intervention phases. Sedentary behaviour was measured in hours per day using an accelerometer (direct measurement) attached to the wrist and a questionnaire (indirect measurement), where it was possible to measure the time spent, in hours per day, during a usual day of the week and on Sundays on the types (mobile phone use, television use, computer use, screen time, study time, time at work) and domains (leisure, occupational and commuting) of sedentary behaviour. Depressive symptoms were investigated using the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). In the data analysis, Generalised Estimating Equations (GEE) was used to compare groups in the pre- and post-intervention periods, with the Bonferroni post-hoc test in intention-to-treat (ITT) analyses. The results indicate that there was no significant change in sedentary behaviour, since after 16 weeks of intervention, there was no effect on total sedentary behaviour, measured directly and indirectly (p = 0.392 and p = 0.749, respectively). When analysed according to types and domains, On weekdays, there was a significant difference for the group*time interaction for the commuting domain (p = 0.069) and for the TV watching type (p = 0.100) in favour of the CG. When analysed in group*time, there were no significant results, but when analysing the time indicator, it showed that there was an increase in sedentary behaviour in favour of the IG, in the commuting domain and in the type. However, when looking at the individual responses by protocol analysis, it was found that, when compared proportionally to the CG subjects, the greater number of GI subjects decreased the times of total sedentary behaviour (n = 50.0% vs. n = 35.5%), measured indirectly, and in the occupational domain (56.2% vs. 29.0%). It is concluded that a physical activity intervention had no effect on sedentary behaviour in adults with depressive symptoms. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2024. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/263284 |
Date: | 2024 |
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