| dc.description.abstract |
As emissões de gases de efeito estufa representam um dos maiores problemas ambientais da
atualidade, sendo prejudiciais tanto ao ecossistema, ao contribuírem para o aquecimento global,
quanto à saúde humana, causando diversas mortes prematuras anualmente. Atualmente, cerca
de 80% da energia primária consumida mundialmente é proveniente de combustíveis fósseis,
fontes de energia não-renováveis e principais responsáveis pela liberação desses gases. Diante
desse cenário, fica claro a necessidade de buscar fontes de energia limpa e de alto potencial
energético, para conseguir acompanhar a crescente demanda energética global. O Hidrogênio
Verde surge como uma alternativa promissora, atendendo a estes critérios, entretanto, por ser
uma fonte de energia secundária, sua produção depende de fontes primárias limpas, como a
energia eólica por exemplo. Neste trabalho, foi desenvolvida uma metodologia para estimar a
quantidade de Hidrogênio Verde que poderia ser produzido no estado de Santa Catarina, a partir
de uma estimativa de geração excedente das usinas eólicas, e sua posterior reconversão em
eletricidade por meio das células a combustível. A partir dos resultados, foram calculadas
métricas econômicas como o custo de produção desta eletricidade, o fluxo de caixa, o tempo de
payback e a taxa interna de retorno (TIR) do investimento, avaliando, assim, a sua viabilidade
econômica. Os resultados indicaram uma produção de hidrogênio de 110.075 kg/mês para o
Cenário 1 (1 hora de energia excedente), e um total de 220.149 kg/mês para o Cenário 2 (2
horas de energia excedente), com uma geração elétrica de 1.942.492 e 3.884.493 kWh/mês para
cada cenário. O custo de produção do hidrogênio (LCOH) e da eletricidade (LCOE) foram de
aproximadamente 0,4242 e 0,0878 R$/kWh respectivamente, para ambos os cenários. Ao final,
o investimento foi considerado economicamente viável, com uma TIR aproximada de 3%, e o
tempo de payback de aproximadamente 15 anos e 5 meses, em um projeto de 20 anos. |
pt_BR |
