Ambientes que falam: a organização do espaço na educação infantil

Abstract

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo geral aprofundar a compreensão sobre a organização dos espaços físicos na Educação Infantil. Utilizando bancos de dados como o Google Acadêmico e SciELO, a pesquisa foi realizada por meio de uma abordagem bibliográfica, na qual foram analisadas teorias e práticas pedagógicas que demonstram a inter-relação crucial entre o ambiente físico e as experiências de aprendizagem. As principais autoras que fundamentaram e proporcionaram minhas reflexões para essa pesquisa foram: Guimarães (2008), Tiriba (2010), Agostinho (2003), Faria (2003) e Barbosa (2019). Os resultados obtidos indicam que uma organização intencional dos espaços internos e externos não apenas favorece a autonomia e a criatividade, mas também promove interações sociais significativas, contribuindo para a construção de um ambiente de pertencimento e segurança para as crianças. A disposição adequada dos móveis, a escolha criteriosa de materiais acessíveis e a criação de áreas de brincadeiras diversificadas impactam diretamente a ação das crianças, possibilitando sua curiosidade e enriquecendo o conhecimento de novas possibilidades. Além disso, a pesquisa ressalta que a qualidade da organização do espaço influencia as relações interpessoais entre crianças, professores/as e auxiliares, potencializando o desenvolvimento emocional e social. Um ambiente bem estruturado proporciona oportunidades para que as crianças expressem suas emoções, construam vínculos afetivos e desenvolvam habilidades sociais, que são essenciais para seu bem-estar e aprendizado. Observou-se que a interação com o espaço também permite que as crianças desenvolvam habilidades motoras e cognitivas, fundamentais para sua formação integral. Nesse contexto, a formação continuada possibilita que os/as profissionais da educação acessem a organização do espaço como um elemento central em suas práticas pedagógicas. Professores/as com formação qualificada e auxiliados, apoiados por uma estrutura adequada são capazes de criar ambientes que respeitem as necessidades e os direitos das crianças, promovendo experiências que valorizem a individualidade das mesmas. Ademais, este estudo reafirma a necessidade de uma abordagem pedagógica que valorize a estruturação do ambiente educativo, enfatizando a importância de práticas que respeitem a individualidade de cada criança e contribuam para uma educação de qualidade. A pesquisa sugere que as instituições de Educação Infantil adotem políticas que valorizem os/as profissionais da educação, que incentivem a reflexão sobre a organização do espaço, e que promovam práticas que favoreçam o ensino e aprendizagem das crianças. Em suma, a organização do espaço se revela como um elemento essencial na formação de um ambiente educativo que não apenas favorece a aprendizagem, mas também promove o desenvolvimento integral das crianças, possibilitando a construção de sua sociabilidade.