Relações entre doença periodontal e complicações gestacionais

Abstract

Muitos estudos têm apontado possíveis relações de risco existentes entre a doença periodontal e algumas complicações gestacionais, como parto prematuro, nascimento de recém-nascidos de baixo peso e a pré-eclâmpsia. Apesar de existirem mecanismos biológicos plausíveis que associam as infecções periodontais com as complicações obstétricas citadas, os resultados obtidos nesses estudos permanecem divergentes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi, através de uma revisão de literatura, pesquisar se existem evidências cientificas para confirmar essas associações. Entretanto, nos estudos clínicos incluídos nesta revisão, notou-se a falta de padronização metodológica dos mesmos, além da dificuldade em excluir outros fatores de risco inerentes as complicações gestacionais, como o fumo, diabetes, paridade, infecções geniturinárias, condições sócio-econômicas, dentre outros. Devido a estas interferências, os resultados desses trabalhos foram limitados, sendo necessários estudos adicionais para comprovar a causalidade na associação entre doença periodontal e complicações gestacionais

Many studies have shown possible risk relations between periodontal disease and some adverse pregnancy outcomes, such as prematurity, low birth weight and preeclampsia. In spite of having biological mechanisms which link periodontal infections with the obstetrical complications cited above, the results obtained in these studies remain divergent. Therefore, the aim of this study was, through a literature review, search for scientific evidences to confirm these associations. Nevertheless, in the clinical studies included in these review, was worthy of note the lack of methodological standards and the difficulty in exclude the others risk factors involved with pregnancy complications, such as smoke, diabetes, parity, urogenital infections, social and economic conditions, among others. Due to these interferences, the results concerning the association of periodontal disease with adverse pregnancy outcomes were limited, being necessary additional studies to prove this association.