La ciudad sin nombre : experiências estéticas de Joaquín Torres García no espaço urbano moderno. Una visión desde el Sur.

Abstract

Que leitura se pode fazer dos manuscritos (texto e desenhos) do livro La ciudad sin nombre, tendo-se por referência a experiência de Torres García com o espaço urbano moderno, em seus trânsitos culturais entre as Américas e Europa, a sua feitura modernista e o contexto da arte modernista do sul do continente americano? A pesquisa trata da reverberação, na produção artística, das percepções urbanas do artista uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949). Aborda o seu livro/arte La ciudad sin nombre (1941), para compreender as aproximações do autor com a cidade, sua arte no movimento de vanguarda, suas pesquisas acerca dos signos dos povos pré-colombianos e a relação com a urbe moderna. Na obra, as memórias e reflexões (estéticas e intelectuais) de Torres García vão tecendo a justificativa (urbana) para a construção de uma linguagem estética própria e local, que buscava a conexão entre o praticante da cidade e o lugar. Por meio de uma arte/educação (em sua relação com a arquitetura na modernidade) o artista percebeu a possibilidade de marcar a terra e o imaginário da comunidade. Investigamos o universo urbano de Torre García, suas escolhas artísticas, a sua Arte Mediterrânea e o seu olhar moderno para a antiguidade clássica europeia. Para assim compreender a visão da arte latino-americana a partir do Sul, proposta por Torres García, o Universalismo Construtivo, o culto aos signos da arte pré-colombiana e a análise do livro La ciudad sin nombre; objetivos que, ao fim, estão interligados na problemática em questão: entender o percurso urbano de Torres García e sua relação com a cidade. A partir das leituras do filósofo berlinense Walter Benjamin, seu contemporâneo, refletimos acerca de perda da experiência na modernidade. Analisamos as problematizações levantadas por García em seu livro/arte, quando tratou sobre as transformações no espaço e nas formas de praticar a cidade. Ao arquitetar diferentes arranjos visuais, com as imagens urbanas do entorno do artista, confrontamos os múltiplos tempos das cidades com as imagens apresentadas pelo autor em La ciuda sin nombre. A começar por Montevidéu onde o artista moldou suas sensibilidades iniciais sobre o espaço urbano. Na sequência, Torres García vivenciou as mudanças (espaciais e culturais) de outras cidades modernas: Barcelona, durante sua formação, depois em períodos de moradia em Nova York, Paris e Madri, e finalmente, na última fase, no seu retorno à sua cidade natal, Montevidéu. No regresso à capital uruguaia, em 1934, Torres García engendrou um novo olhar para a arte local. Em seu livro/arte refletiu desde o espaço urbano de Montevidéu, ao Sur (continental), sobre as concomitantes faces da urbe moderna, para ele cada vez mais ?sin nombre?.

Abstract: What reading can be made of the manuscripts (text and drawings) of the book La ciudad sin nombre, taking as reference Torres García's experience with the modern urban space, in his cultural transitions between the Americas and Europe, his modernist creation and the context of modernist art in the South of the American continent? The research deals with the reverberation, in the artistic production, of the urban perceptions of the Uruguayan artist Joaquín Torres García (1874-1949). It addresses his book/art La ciudad sin nombre (1941), to understand the author's approaches to the city, his art in the avant-garde movement, his research on the signs of pre-Columbian peoples and the relationship with the modern city. In the work, Torres García's memories and reflections (aesthetic and intellectual) weave the (urban) justification for the construction of his own and local aesthetic language, which sought the connection between the practitioner of the city and the place. Through art/education (in its relationship with architecture in modernity), the artist realized the possibility of marking the land and the community's imagination. We investigated Torre García's urban universe, his artistic choices, his Mediterranean Art and his modern view of European classical antiquity. In order to understand the vision of Latin American art from the South, proposed by Torres García, Constructive Universalism, the cult of pre-Columbian art signs and the analysis of the book La ciudad sin nombre; objectives that, in the end, are interconnected in the problem in question: to understand Torres García's urban path and his relationship with the city. Based on the readings of the Berlin philosopher Walter Benjamin, his contemporary, we reflect on the loss of experience in modernity. We analyzed the problematizations raised by García in his book/art, when he dealt with the transformations in space and in the ways of practicing the city. By designing different visual arrangements using urban images from the artist?s surroundings, we confront the multiple eras of cities with the images presented by the author in La ciuda sin nombre. Starting with Montevideo, where the artist shaped his initial sensibilities about urban space. Later, Torres García experienced the changes (spatial and cultural) of other modern cities: Barcelona, during his education, then during periods of residence in New York, Paris and Madrid, and finally, in the last phase, upon his return to his hometown, Montevideo. Upon his return to the Uruguayan capital in 1934, Torres García created a new perspective on local art. In his book/art he reflected from the urban space of Montevideo, to the South (continental), on the concomitant faces of the modern city, for him increasingly ?sin nombre?