Relação torque ângulo de flexores e extensores do ombro em mulheres praticantes de pole dance

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Relação torque ângulo de flexores e extensores do ombro em mulheres praticantes de pole dance

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Title: Relação torque ângulo de flexores e extensores do ombro em mulheres praticantes de pole dance
Author: Etchemendy, Mariana Alonso
Abstract: O pole dance é considerado um esporte de alto rendimento, no qual os membros superiores suportam a maior carga. A exigência de força com o ombro em flexão de 180º sugere adaptações funcionais, porém suas características biomecânicas ainda não foram descritas. Este estudo investigou a relação torque-ângulo dos músculos flexores e extensores do ombro em mulheres praticantes de pole dance, considerando diferentes níveis de experiência e avaliando os planos sagital e escapular. O torque isométrico máximo foi mensurado bilateralmente em cinco ângulos de flexão e extensão da articulação do ombro (40°, 70°, 100°, 130° e 160°) por meio de um dinamômetro isocinético, durante 5 segundos de contração máxima, sendo 2 repetições. Foram avaliadas 24 mulheres, divididas em grupos de nível intermediário e avançado. A confiabilidade das medidas no plano escapular foi testada por meio do método teste-reteste. Além disso, a força de preensão manual foi mensurada mediante um dinamômetro de preensão manual. Os resultados indicaram que as praticantes avançadas apresentaram maior pico de torque absoluto e normalizado pela massa corporal em comparação às intermediárias (p<0,05). O pico de torque dos flexores ocorreu em ângulos iniciais da flexão (40°), enquanto o pico de torque dos extensores foi observado em ângulos intermediários (70° a 100°). No plano sagital, o pico de torque dos flexores atingiu 46,1 ± 7,4 N·m nas praticantes avançadas e 36,5 ± 9,1 N·m nas intermediárias, enquanto o dos extensores foi de 58,8 ± 13,0 N·m e 43,2 ± 9,8 N·m, respectivamente. No plano escapular o pico de torque de flexores foi de 46,3 ± 18,3 N·m (avançadas) e 33,9 ± 5,7 N·m (intermediárias), e de extensores de 58,9 ± 10,3 N·m e 45,9 ± 18,6 N·m, respectivamente. Não houve diferenças significativas entre os lados dominante e não dominante em nenhum dos grupos (flexores: p = 0,257; extensores: p = 0,115). A força de preensão manual foi significativamente maior nas praticantes avançadas (35,8 ± 4,2 kgf no lado dominante e 34,8 ± 4,2 kgf no lado não dominante) do que nas intermediárias (28,5 ± 7,0 kgf e 27,9 ± 6,4 kgf, respectivamente; p = 0,009 e p = 0,012), sem diferenças significativas entre os lados (p = 0,502 e p = 0,405). A confiabilidade das medições no plano escapular variou de moderada a excelente, com coeficiente de correlação intraclasse entre 0,63 e 0,97 (p <0,001). Conclui-se que a experiência no pole dance influencia o torque da articulação do ombro, com adaptações relacionadas ao aumento da força, mas sem alterar o ângulo do pico de torque.Abstract: Pole dance is considered a high-performance sport in which the upper limbs bear the greatest load. The demand for strength with the shoulder in 180° flexion suggests functional adaptations; however, its biomechanical characteristics have not yet been fully described. This study investigated the torque-angle relationship of the shoulder flexor and extensor muscles in female pole dance practitioners, considering different experience levels and assessing both the sagittal and scapular planes. Maximum isometric torque was measured bilaterally at five shoulder joint flexion and extension angles (40°, 70°, 100°, 130°, and 160°) using an isokinetic dynamometer, during 5 seconds of maximal contraction, with 2 repetitions. A total of 24 women were evaluated and divided into intermediate and advanced groups. The reliability of the scapular plane measurements was tested using the test-retest method. Additionally, handgrip strength was measured, using a handgrip dynamometer. The results indicated that advanced practitioners exhibited a higher peak torque, both in absolute terms and normalized by body mass, compared to intermediate practitioners (p < 0.05). The peak torque for the flexors occurred at early flexion angles (40°), while the peak torque for the extensors was observed at intermediate angles (70° to 100°). In the sagittal plane, the peak torque for the flexors reached 46.1 ± 7.4 N·m in advanced practitioners and 36.5 ± 9.1 N·m in intermediates, while the peak torque for the extensors was 58.8 ± 13.0 N·m and 43.2 ± 9.8 N·m, respectively. In the scapular plane, the peak torque for the flexors was 46.3 ± 18.3 N·m (advanced) and 33.9 ± 5.7 N·m (intermediate), and for the extensors, 58.9 ± 10.3 N·m and 45.9 ± 18.6 N·m, respectively. No significant differences were found between the dominant and nondominant sides in any of the groups (flexors: p = 0.257; extensors: p = 0.115). Handgrip strength was significantly higher in advanced practitioners (35.8 ± 4.2 kgf and p = 0.012), with no significant differences between sides (p = 0.502 and p = 0.405). The reliability of the scapular plane measurements ranged from moderate to excellent, with an intraclass correlation coefficient between 0.63 and 0.97 (p < 0.001). It is concluded that experience in pole dance influences shoulder joint torque, with adaptations related to increased strength but without altering the peak torque angle.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2025.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/265205
Date: 2025


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