Abstract:
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Introdução: O câncer de próstata é a neoplasia mais incidente entre os homens no
Brasil, sendo especialmente prevalente em indivíduos com mais de 65 anos. A
prostatectomia radical é considerada o tratamento padrão para casos localizados, mas
pode acarretar complicações funcionais importantes. Objetivo: Diante dos impactos
significativos da cirurgia na qualidade de vida dos pacientes, torna-se essencial
compreender essas repercussões e identificar estratégias que minimizem seus
efeitos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada entre
agosto de 2023 e abril de 2025, nas bases de dados PubMed, SciELO e
ScienceDirect, com os descritores “prostatic neoplasms”, “prostatectomy” e “quality of
life”. Foram aplicados critérios de elegibilidade para seleção de artigos publicados
entre 2018 e 2025, resultando na inclusão de dez estudos, sendo em sua maioria
ensaios clínicos, além de estudos de coorte, estudos observacionais, descritivos e
prospectivos. Resultados: Os dados apontam que a incontinência urinária e a
disfunção erétil são os principais efeitos adversos da prostatectomia radical, com forte
impacto na autoestima, saúde mental e nas relações interpessoais dos pacientes.
Intervenções como fisioterapia do assoalho pélvico, suporte psicológico, terapias
medicamentosas e dispositivos cirúrgicos demonstraram benefícios variáveis.
Estratégias terapêuticas emergentes, como o Ultrassom Focalizado de Alta
Intensidade (HIFU), a vigilância ativa e os tratamentos sistêmicos direcionados,
mostraram-se promissoras em contextos específicos. Além disso, a comparação entre
tratamentos radicais para o câncer de próstata localizado e seus impactos funcionais
também foram discutidos nessa revisão. Conclusão: A escolha do tratamento deve
considerar tanto a eficácia oncológica quanto os efeitos funcionais e psicossociais da
intervenção, sendo imprescindível uma abordagem individualizada e multidisciplinar,
centrada na preservação da qualidade de vida dos pacientes. |