Abstract:
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Introdução: Lebriquizumabe é um novo agente terapêutico da classe dos anticorpos
monoclonais, aprovado no Brasil em outubro de 2024 para o tratamento de dermatite
atópica moderada a grave em pacientes acima de 12 anos. Objetivo: Avaliar a
eficácia e a segurança do medicamento lebriquizumabe em comparação ao placebo
no tratamento de pacientes com dermatite atópica moderada a grave. Métodos:
Foram pesquisados 3 bancos de dados em busca de ensaios clínicos randomizados
(ECRs) que comparassem lebriquizumabe ao placebo. Os desfechos de interesse
incluíram a pontuação da Avaliação Global do Investigador (IGA), Dermatite Atópica
SCORing (SCORAD), Índice de Área e Gravidade do Eczema (EASI), Escala de
Classificação Numérica de Prurido (NRS), Índice de Qualidade de Vida
Dermatológica (DLQI), Pontuação de Perda de Sono e eventos adversos. A análise
estatística foi realizada com Review Manager Web (PROSPERO ID:
CRD42024580441). Resultados: Sete ECRs foram elegíveis, envolvendo 1,745
pacientes, dos quais 1,083 (62,1%) foram randomizados para receber
lebriquizumabe. Em comparação com o placebo, o lebriquizumabe foi
significativamente associado a melhorias na pontuação IGA (RR 2,58; IC 95% 2,01,
3,31; p < 0,00001), SCORAD (DMP -0,66; IC 95% -0,79, -0,54; p < 0,00001), EASI
(DMP -0,65; IC 95% -0,75, -0,55; p < 0,00001; I² = 0%), NRS (DMP -0,57; IC 95%
-0,80, -0,34; p < 0,00001), DLQI (DMP -0,32; IC 95% -0,46, -0,18; p < 0,0001) e
perda de sono (DMP -0,46; IC 95% IC -0,59, -0,33; p < 0,00001). Em relação aos
parâmetros de segurança, a conjuntivite (RR 2,62; IC 95% 1,52, 4,53; p = 0,0005)
apresentou-se como um evento adverso significativo associado ao lebriquizumabe,
enquanto eosinofilia, infecção de pele e infecção do trato respiratório superior foram
maiores no grupo placebo. Conclusões: O uso de lebriquizumabe em pacientes
com dermatite atópica moderada a grave aumenta o controle da doença e melhora a
qualidade de vida dos pacientes. |