Abstract:
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Duas vezes mais plantas foram extintas nos últimos anos do que aves, mamíferos e anfíbios somados juntos. Fazendo parte dessas ações antrópicas que levam à perda de espécies da vegetação, existe o distanciamento da relação homem e natureza de uma forma geral, baseado no crescente desconhecimento das plantas pelas comunidades, o que tem sido referido como impercepção botânica. A educação científica pode nos capacitar a enxergar de novo. Esse trabalho objetivou desenvolver um modelo de ferramenta didática no ensino de Botânica para facilitar o reconhecimento de plantas, para ser usada durante os passeios e excursões escolares dos Ensinos Fundamental e Médio a parques na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. O aprendizado com base na realidade do lugar e do tempo em que acontece está integrado na grande área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, conforme preconiza a Base Nacional Comum Curricular de 2017. Parques dentro de municípios podem ser considerados como importantes salas de aula a céu aberto. Para nosso trabalho selecionamos trilhas e caminhos específicos em três parques visitados por um grande número de escolas, o Parque Estadual do Rio Vermelho, Parque Municipal do Córrego Grande e o Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, situados respectivamente ao norte, centro e sul da ilha. Selecionamos espécies arbóreas e palmeiras nativas e exóticas, que foram fotografadas, identificadas e catalogadas pelo método de caminhada, no período de dois anos, visando captar as diferenças sazonais. As fotografias apresentam o hábito, flor e fruto das espécies selecionadas, assim como edificações que fazem parte das áreas dos parques como, por exemplo, restaurantes, sedes, placas, trilhas. Também foram incluídos os nomes popular e científico, interações ecológicas e sua importância, uso para a espécie humana e animal e um glossário ilustrado composto de explicações dos termos botânicos para facilitar a compreensão. Assim configurado, chegamos a um modelo de apresentação de espécie vegetal para áreas específicas. Buscamos, assim, contribuir para a divulgação científica, gerando interesse no conhecimento das espécies vegetais, como um primeiro passo para ampliar discussões sobre temas relacionados à preservação do meio ambiente. |