dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Costa, Roberta |
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dc.contributor.author |
Almeida, Adaiana Fátima |
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dc.date.accessioned |
2025-07-23T23:29:31Z |
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dc.date.available |
2025-07-23T23:29:31Z |
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dc.date.issued |
2025 |
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dc.identifier.other |
392965 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/266984 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2025. |
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dc.description.abstract |
Introdução: A enfermeira obstetra desempenha um papel primordial na assistência ao trabalho de parto e parto hospitalar, atuando como uma profissional qualificada para promover um nascimento seguro e humanizado, utilizando práticas baseadas em evidências, impactando nos indicadores materno e neonatal. Sua atuação abrange diversos aspectos do processo de parturição, em colaboração com a equipe multidisciplinar. Objetivo: Investigar de que maneira a inserção da enfermeira obstetra na instituição contribuiu para a adoção de novos saberes e práticas na assistência à mulher e ao recém-nascido durante o trabalho de parto e parto, e quais foram seus impactos nos indicadores maternos e neonatais, no período de 2002 a 2022. Método: estudo misto com design sequencial explanatório (QUAN ? qual), com uma etapa quantitativa inicial, onde foram coletados dados de 2.921 nascimentos, da base de dados da instituição, através de formulário eletrônico elaborado pelas pesquisadoras. A etapa qualitativa foi desenvolvida a partir da História Oral temática, com 14 enfermeiras obstetras, por meio de entrevistas individuais e análise do discurso fundamentada em Michel Foucault. A integração dos dados ocorreu em dois momentos: por conexão, onde os resultados quantitativos guiaram a elaboração do questionário qualitativo, e na análise, utilizando a técnica Pillar Integration Process para identificar meta inferências. O rigor metodológico foi assegurado pela utilização do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology, Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research e Mixed Methods Appraisal Tool. Resultados: Destacam a importância da atuação da enfermeira obstetra no contexto do parto hospitalar. Essa profissional presta assistência a 100% das mulheres que internam na instituição por motivo de nascimento. Ao investigar as boas práticas implementadas por essas profissionais na assistência ao trabalho de parto e parto, evidenciou-se mudança no cenário, na fala das enfermeiras obstetras, de forma mais perceptível a partir de 2011, com o aumento do número de enfermeiras atuando e implementando as práticas baseadas em evidências. Práticas como a presença do acompanhante, a oferta de dieta e o acesso aos métodos não farmacológicos eram limitadas a determinados espaços e estavam relacionadas ao aval médico. Sendo que a partir de 2018, quando iniciaram os registros sistematizados das práticas assistenciais, constatou-se que a presença do acompanhante no trabalho de parto foi de 95,0%, 80,4% das mulheres tiveram acesso a dieta e 66,1% fizeram uso de algum método não farmacológico para alívio da dor. Ao explorar a autonomia da enfermeira obstetra, os achados apontam para dois marcos importantes. O primeiro entre 2002 e 2006, com a inserção da Enfermeira Obstetra no período diurno junto com as parteiras. E o segundo, a partir de 2006, com o ingresso de um quantitativo maior de enfermeiras em substituição às parteiras que se aposentaram, estando presente nas 24 horas dentro do setor. Em 73,5% dos nascimentos, a enfermeira obstetra atuou de forma autônoma, sem a presença do médico, o que transformou o cenário do parto ao modificar a posição de nascimento, que antes era predominantemente em litotomia, redução da episiotomia de 85,0% para 2,0%, e taxas de preservação perineal em 30,2%, porém barreiras ainda se perpetuam, como o não preenchimento da autorização de internação hospitalar. Ao avaliar a contribuição para a implantação das boas práticas pela enfermeira obstetra e indicadores neonatais, 85,5% dos recém-nascidos tiveram contato pele a pele, 78,4% amamentados na primeira hora de vida, 97,6% tiveram apgar de 5º minuto maior que 7, 90,7% clampeamento oportuno do cordão e 90,0% seguiram para em alojamento conjunto com a mãe, demonstrando a relevância de sua atuação. Considerações finais: A atuação da enfermeira obstetra garantiu a implementação de boas práticas, sendo evidenciada pela narrativa histórica e melhoria dos indicadores obstétricos e neonatais. As enfermeiras obstetras da instituição deixaram um legado de ensinamentos sobre a importância do conhecimento científico, trabalho em equipe e humanização para a evolução da assistência ao parto. Suas práticas servem de inspiração para outros profissionais e destacam a necessidade de educação permanente e o cuidado seguro com vista à qualidade da assistência. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Introduction: The obstetric nurse plays a key role in hospital labor and delivery care, acting as a qualified professional to promote a safe and humanized birth, using evidence-based practices, impacting on maternal and neonatal indicators. Her work covers various aspects of the parturition process, in collaboration with the multidisciplinary team. Objective: To investigate how the inclusion of obstetric nurses in the institution has contributed to the adoption of new knowledge and practices in the care of women and newborns during labor and delivery, and what its impact has been on maternal and neonatal indicators, from 2002 to 2022. Method: this is a mixed study with an explanatory sequential design (QUAN ? qual), with an initial quantitative stage in which data on 2,921 births was collected from the institution's database using an electronic form prepared by the researchers. The qualitative stage was developed using thematic oral history with 14 obstetric nurses, through individual interviews and discourse analysis based on Michel Foucault. The data was integrated in two stages: by connection, where the quantitative results guided the development of the qualitative questionnaire, and in the analysis, using the Pillar Integration Process technique to identify meta inferences. Methodological rigor was ensured by using the Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology, Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research and Mixed Methods Appraisal Tool. Results: They highlight the importance of the obstetric nurse's role in hospital births. This professional provides care to 100% of the women admitted to the institution for childbirth. When investigating the good practices implemented by these professionals in labor and delivery care, there was evidence of a change in the scenario, in the words of obstetric nurses, more noticeably since 2011, with an increase in the number of nurses working and implementing evidence-based practices. Practices such as the presence of a companion, the provision of a diet and access to non-pharmacological methods were limited to certain spaces and were related to medical approval. As of 2018, when systematized records of care practices began, it was found that the presence of a companion during labour was 95.0%, 80.4% of women had access to a diet and 66.1% used some non-pharmacological method for pain relief. When exploring the autonomy of obstetric nurses, the findings point to two important milestones. The first was between 2002 and 2006, when the obstetric nurse joined the midwives during the day. And the second, from 2006 onwards, with the entry of a larger number of nurses to replace the midwives who retired, being present 24 hours a day in the sector. In 73.5% of births, the obstetric nurse acted autonomously, without the presence of the doctor, which transformed the delivery scenario by changing the birth position, which used to be predominantly in lithotomy, the reduction in episiotomy from 85.0% to 2.0%, and perineal preservation rates of 30.2%, but barriers still remain, such as not filling out the hospital admission authorization. When evaluating the contribution to the implementation of good practices by obstetric nurses and neonatal indicators, 85.5% of the newborns had skin-to-skin contact, 78.4% were breastfed in the first hour of life, 97.6% had a 5th minute Apgar score greater than 7, 90.7% had timely cord clamping and 90.0% were placed in a rooming-in unit with their mothers, demonstrating the relevance of their work. Final considerations: The work of the obstetric nurse ensured the implementation of good practices, as evidenced by the historical narrative and the improvement in obstetric and neonatal indicators. The institution's obstetric nurses have left a legacy of teachings on the importance of scientific knowledge, teamwork and humanization for the evolution of childbirth care. Their practices serve as an inspiration to other professionals and highlight the need for continuing education and safe care with a view to quality care. |
en |
dc.format.extent |
188 p.| il., gráfs., tabs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Enfermagem |
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dc.subject.classification |
Enfermeiros obstétricos |
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dc.subject.classification |
Trabalho de parto |
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dc.subject.classification |
Parto humanizado |
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dc.subject.classification |
Atenção à saúde |
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dc.title |
Atuação da enfermeira obstetra no parto hospitalar: estudo de método misto |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Velho, Manuela Beatriz |
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