Sensor eletroquímico impresso em 3D para monitoramento in loco do antibiótico sulfametoxazol

Abstract

Contaminantes emergentes (CEs) são poluentes de origem natural ou sintética com potencial risco à saúde humana e aos ecossistemas, devido à bioacumulação e persistência em ambientes aquáticos. Entre eles, destacam-se fármacos, produtos de uso pessoal, pesticidas e hormônios. O uso intensivo de antibióticos, como o sulfametoxazol (SMX), tem favorecido o desenvolvimento de resistência bacteriana e levado à sua recorrente detecção em águas superficiais, esgoto e resíduos da agropecuária, representando risco à saúde. Neste trabalho, propõe-se o desenvolvimento de eletrodos impressos em 3D a partir de filamentos condutores (PLA-CB) para a detecção eletroquímica do SMX em amostras ambientais. Após impressão e ativação eletroquímica em meio alcalino, o eletrodo apresentou menor resistência à transferência de carga (1,3 kΩ) em comparação ao não ativado (3,0 kΩ). Estudos de voltametria cíclica evidenciaram pico de oxidação do SMX em 0,760 V, confirmando a viabilidade da técnica. O projeto, ainda em andamento, prevê a otimização de parâmetros voltamétricos, construção de curva de calibração, análise in loco e estudos de repetibilidade, com potencial aplicação no monitoramento ambiental de antibióticos.