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O trabalho que ora se apresenta - Dissertação à obtenção do título de mestre, junto ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Catarina, traz no seu conteúdo uma visão crítica de um enfoque teórico, calcado em dados empíricos,sobre os diversos aspetos da fecundidade e fertilidade, assunto que já atravessa o mundo restrito da ciência, deixa de ser discutido especificamente em rodas acadêmicas, para penetrar no cotidiano e ser assunto da atualidade, pois o Estado, a Igreja, a Família e as diversas Instituições, voltam-se hodiernamente para o problema da reprodução humana, procurando uma postura que justifique sua conceituação política e ideolígica. Esta postura, para não romper com normas seculares, apresenta-se altamente reacionária ou, demasiadamente progressista, cai no utópico. Na dicotomia dos aspectos em estudos, adotaram-se duas definições clássicas de fecundidade, como a capacidade fisiológica ou potencial da reprodução, resultante dos fatores de multiplicação: número de indivíduos gerados por um casal durante um período considerado; idade mínima do primeiro parto como idade máxima do último; intervalo entre os partos de uma mulher e composisão sexual relativa da população. Fertilidade como a capacidade de uma população de produzir nascimentos e indicada pelo número de nascidos vivos, isto é, o número de filhos que uma mulher realmente tem, normalmente entre as idades de 15 a 45 anos. O levantamento empírico, iniciado em 1º de maio de 1980, foi levado a efeito nas Maternidades Carmela Dutra e Carlos Correa, na Cidade de Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, conforme descrito no item destinado a metodologia, numa amostra significativa de 539 parturientes. Os dados foram coletados através de formulários específicos e previamente testados, nas maternidades; tabulados e tratados estatisticamente pelo Sistema SPSS: medidas de tendêcia central, variabilidade, coeficiente de correlação, Teste do Qui-Quadrado, Teste de Gramér, Contraste de Scheffé e Chave Regressiva. Os dados evidenciaram homogeneidade em muitos aspectos abordados pela casuística, mas diferem significativamente em outros. A quantidade de filhos e o controle à natalidade, foram tomados com variáveis independentes, tendo sido correlacionadas com as demais - em numero de 27 - estas tomadas como dependentes, onde ficou demonstrado que a fertilidade se situa abaixo da fecundidade. |
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