Abstract:
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A fim de avaliar o desempenho do vídeo-urofluxômetro computadorizado (VUCOM) desenvolvido pelo Grupo de Pesquisas em Engenharia Biomédica (GPEB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foram realizados testes e exames da maneira como o aparelho deve ser utilizado na prática, adotando a nomenclatura e as normas recomendadas pela International Continence Society (ICS). Os testes foram realizados com água despejada diretamente no funil do urofluxômetro sendo que os exames foram realizados por homens jovens (<30 anos), voluntários, sem queixas miccionais, que constituem um grupo com resultados bem homogêneos, segundo dados da literatura. Inicialmente o aparelho Vucom (VUCOM) registrou uma diferença de 1,8 ml (0,8%) em relação ao volume médio de água despejada no funil e recolhida no frasco sobre a balança. Durante os exames de urofluxometria, esta diferença foi de 54,6 ml (19,8%). Em relação ao fluxo máximo, observou-se uma diferença média de 12,9 ml/s (79,1%), entre o Qmax registrado pelo VUCOM e o Qmax corrigido pela eliminação de artefatos. O padrão de curva de fluxo, que para o grupo escolhido é predominantemente regular, foi registrado pelo VUCOM como irregular em 46,7% dos casos. Os testes para verificação da calibração do VUCOM, revelaram erro médio de volume de 24,4% e de fluxo máximo de 29%, demonstrando que o VUCOM não manteve sua calibração inicial e não foi possível calibrá-lo por falta de sistema próprio. Conclui-se que o aparelho Vucom não apresentou desempenho satisfatório e que ainda não está pronto para uso clínico e experimental. Os problemas encontrados foram encaminhados ao GPEB para correções, o que permitirá que o VUCOM seja utilizado na clínica e em trabalhos experimentais, e que sirva de base para a adaptação de novos transdutores que permitam a realização de exames urodinâmicos mais complexos. |