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O objetivo do estudo foi descrever, em amostra representativa dos trabalhadores da indústria no Estado de Santa Catarina, a prevalência de comportamentos relacionados à saúde. Os dados foram coletados através de um questionário, previamente testado em estudo piloto. O instrumento foi elaborado de modo a permitir o levantamento de informações pessoais e demográficas, aspectos do estilo de vida (fumo, álcool e percepção do nível de estresse), nível habitual de prática de atividades físicas, controle do peso e hábitos alimentares. A amostra foi selecionada através de amostragem por conglomerados em três estágios e incluiu 4.225 trabalhadores (67,5% homens e 32,5% mulheres), com idade média de 29,7 anos (DP=8,6;18-71). Foram utilizados os programas Epi info (versão 6.04b) e SPSS for Windows (versão 8.0) para análise dos dados. Características demográficas: 62% eram casados, 33,8% solteiros; e, apenas, 15,6% tinham pelo menos 12 anos de estudo. Aproximadamente 85% dos sujeitos consideraram o nível pessoal de saúde "bom" ou "excelente". A prevalência de tabagismo foi de 20,7%, sendo que desses, 73,1% fumam diariamente. A proporção de alcoolistas em potencial foi alta (57,2% entre os homens e 18,8% entre as mulheres). Cerca de 14% dos sujeitos referiram níveis elevados de estresse e dificuldade para enfrentar a vida. Quase metade dos sujeitos (46,6%) não realizam atividades físicas no período de lazer (67% das mulheres e 34,8% dos homens). A média do número de horas por semana dispendida em atividades físicas de lazer também foi significantemente maior (p<0.01) entre os homens (2,4 h; DP=5,9) que entre as mulheres (1,2 h; DP=4,0). Quando o gasto energético em atividades físicas de lazer foi estimado, 56,3% dos sujeitos foram classificados como sedentários (<500 kcal/semana), 11,5% são pouco ativos (500-999 kcal/semana), 13,4% são ativos (1.000-1.999 kcal/semana) e 18,8% muito ativos (³ 2.000 kcal/semana). O índice de Massa Corporal (IMC) foi utilizado para avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade e foi interpretado de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde: 2,8% apresentaram baixo peso (IMC<18,5), 64,1% peso em faixa adequada (IMC entre 18,5 e 24,9), 27,3% apresentaram sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9) e, apenas, 5,9% são obesos (IMC ³ 30). A prevalência de sobrepeso e obesidade foi maior entre os homens. Resultados demonstram que a exposição ao fumo e sobrepeso/obesidade foi inferior às estimativas disponíveis para a população nacional. Trabalhadores de indústrias pequenas, casados, de menor nível sócioeconômico e com baixo nível de escolaridade foram os que estão expostos a maior prevalência de comportamentos de risco à saúde. |
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