Micropoderes no cotidiano de um conselho de saúde /

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Micropoderes no cotidiano de um conselho de saúde /

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Caponi, Sandra N. C pt_BR
dc.contributor.author Wendhausen, Agueda. pt_BR
dc.date.accessioned 2012-10-19T02:20:49Z
dc.date.available 2012-10-19T02:20:49Z
dc.date.issued 1999
dc.date.submitted 1999 pt_BR
dc.identifier.other 161275 pt_BR
dc.identifier.uri http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81360
dc.description Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. pt_BR
dc.description.abstract O presente estudo partiu da problematização do controle social requerido pela Reforma Sanitarista Brasileira, cujos conselhos de saúde constituem-se em uma de suas mais importantes expressões. Tem como pano de fundo a análise histórica de Foucault e outros autores a respeito da construção de uma subjetividade medicalizada em saúde, o que, em última análise, foi decorrente de um controle social do Estado e demais instâncias sociais sobre o indivíduo. Resultado foi a crescente submissão de indivíduos e coletividades à pautas sobre as quais possuem pouca possibilidade de decisão, o que limita o exercício do controle público da saúde, como preconizado pelo Sistema Único de Saúde. Tomando-se o caso concreto do Conselho Municipal de Saúde de Itajaí/SC, procurou-se analisá-lo localmente, buscando perceber como se expressam as relações discursivas e extradiscursivas que permeiam suas práticas, considerando-o, ao mesmo tempo, como instância de participação democrática e de exercício do poder. A análise dos dados foi realizado sobre 39 atas, somando-se duas gestões (91-96), entrevistas com alguns conselheiros, que fizeram parte do conselho naquele período, e a participação da pesquisadora, que foi conselheira durante duas gestões. A discussão teve como base os escritos de Foucalt, com apoio metodológico da Análise do discurso. Os achados mostram que a presença quantitativa dos representantes usuários não correspondem à qualidade de sua participação. O segmento governamental utiliza-se da maior parte dos espaços de fala, estabelecendo relações monológicas, baseadas na dissimetria determinada pela escolaridade profissionalização, status social dos conselheiros e nas relações entre saber/poder presentes nas relações clientes/instituições médicas. Constatamos a presença de resistências a este poder/saber, advindas principalmente do segmento dos usuários e dos profissionais de saúde. Todavia são pontuais, frágeis e desarticuladas. Os resultados levam-nos a considerar, pois, que a institucionalização da participação não garante sua efetivação e as práticas que temos podem, contrariamente, voltar-se contra democracia, tornando-se, o conselho, um braço popular que serve apenas 1a. legitimação das políticas governamentais. A partir desta constatação, a busca de relações democráticas baseadas em um compromisso ético, que se inicia na própria relação do indivíduo consigo mesmo e se estende ao outro, pode ser, tanto, a baliza para avaliar as relações de poder que permeiam estas práticas, como a utopia que nos move a potencializar as resistências já existentes, buscando relações de poder mais móveis flexíveis e dialógicas. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC pt_BR
dc.subject.classification Itajai (SC) pt_BR
dc.subject.classification Conselhos de saude pt_BR
dc.subject.classification Democracia pt_BR
dc.subject.classification Poder (Ciências Sociais) pt_BR
dc.subject.classification Controle social pt_BR
dc.title Micropoderes no cotidiano de um conselho de saúde / pt_BR
dc.type Tese (Doutorado) pt_BR
dc.contributor.advisor-co Rifiotis, Theophilos pt_BR


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