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Neste estudo problematizamos o fazer do enfermeiro-docente promovido através de um processo crítico-reflexivo entre esses sujeitos, tendo como embasamento o referencial teórico-metodológico de Paulo Freire. Realizamos seis encontros grupais, com enfermeiros-docentes das duas primeiras disciplinas do ciclo profissionalizante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Os encontros contaram, em média, com oito participantes. Os dados obtidos no grupo foram gravados e posteriormente transcritos. Utilizamos, ainda, seis questionários aplicados aos docentes do quadro efetivo que participaram regularmente dos encontros. Todas as informações foram agrupadas e analisadas qualitativamente, a partir dos seguintes temas: o sujeito enfermeiro, o sujeito enfermeiro-docente e a prática do enfermeiro-docente. Constatamos que o ser enfermeiro-docente se relaciona a construções marcadas pela sua história de vida, sendo influenciado por suas experiências profissionais. A escolha da docência, por sua vez, vincula-se à qualificação, à expectativa de ascenção social, ao crescimento profissional, sendo esta trajetória marcada por descompassos oriundos das relações interpessoais estabelecidas no espaço da universidade. A problematização da prática do enfermeiro-docente é estimulada, evidenciando-se a necessidade de maior articulação seqüencial do Curso, de integração entre os conteúdos, as disciplinas e os colegas. Foram apontadas, como estratégias de fortalecimento do grupo, o estabelecimento de espaços coletivos marcados pelo diálogo, pela troca de experiências e pela discussão. Concluímos que o processo de mudança no fazer do enfermeiro-docente requer espaços coletivos de problematização de suas práticas, aos quais são subjacentes as construções individuais dos sujeitos que lhes permitem refletir, questionar, dialogar, tomar consciência, apropriar-se e transformar a realidade |
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