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Nos dias 18 de dezembro de 1998 e dia 19 fevereiro de 1999 foram coletadas amostras de agua de superfície em 6 pontos da Lagoa da Conceição (area 19,2 km 2 ) e um no mar com o objetivo de caracterizar algumas das mais importantes formas do elemento cobre, além de identificar possíveis fontes de contaminação por esgotos através das análises de nitrato e fosfato. A estação Marina foi a que apresentou a maior concentração de cobre nas duas amostragens (23,4 nmo/L e dezembro e 8,1 nmol/L em fevereiro), podendo ser este oriundo das tintas utilizadas nos cascos dos barcos e dos esgotos domésticos. Em dezembro a estação Marina foi a que apresentou a menor concentração de clorofila-a (0,5 _ig/L) e maior concentração de cobre lábil (11,2 nmol/L), já em fevereiro houve um decréscimo na concentração de cobre (5,2 nmol/L) e um aumento na concentração de clorofila-a (5,5 1.ig/L) indicando que o excesso de cobre presente no local poderia estar prejudicando o desenvolvimento da comunidade fitoplanctônica da região. Cerca de 50% do cobre dissolvido nas Lagoas da Conceição e do Pen i encontra-se na forma de fortes complexos com a matéria orgânica, o que diminui sua toxicidade para a biota e ressalta a importância de se avaliar a especiação química para se avaliar a qualidade das aguas. A Lagoa do Pen, mesmo tendo uma concentração de material particulado menor que a Lagoa da Conceição, apresentou a maior fração de cobre lixiviável (37%) que pode ser proveniente dos organismos clorofilados. As concentragóes média de nitrato (0,43 ± 0,32 nmol/L) e fosfato (0,12 ± 0,11 nmol/L) encontradas são características de ambientes oligotróficos e meso-eutrófico, respectivamente. As concentrações de cobre encontradas na Lagoa da Conceição são bem inferiores ao maxima tolerável, na resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente n° 20 de 1986. As análises da agua do mar certi fi cada CRM-403 demonstraram que o método utilizado neste trabalho para a determinação de cobre tem boa exatidão e precisão. As faixas de concentrações para as diversas espécies de cobre em dezembro de 1998 foram: cobre lábil de 1,7 a 11,2 nmol/L, iv cobre dissolvido total de 3,0 a 23,3 nmol/L, cobre dissolvido mais particulado lixiviável de 3,7 a 25,7 nmol/L. Já na amostragem de fevereiro de 1999 os valores foram: cobre lábil de 1,0 a 5,2 nmol/L, cobre dissolvido total de 2,6 a 8,1 nmol/L e cobre dissolvido mais particulado lixiviável de 4,4 a 7,4 nmol/L. Neste trabalho utilizou-se a voltametria de redissolução catódica para avaliar as concentrações de cobre nas amostras. Sua principal vantagem é que a fração lábil do metal pode ser avaliada sem nenhum tratamento prévio das amostras, minimizando assim riscos de contaminação. |
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