Parâmetros de autoecologia de uma comunidade arbórea de floresta ombrófila densa, no Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota, SC.

DSpace Repository

A- A A+

Parâmetros de autoecologia de uma comunidade arbórea de floresta ombrófila densa, no Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota, SC.

Show full item record

Title: Parâmetros de autoecologia de uma comunidade arbórea de floresta ombrófila densa, no Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota, SC.
Author: Iza, Oscar Benigno
Abstract: A conservação da Floresta Atlântica supõe o conhecimento tanto da comunidade como da autoecologia das espécies que a compõem. Alguns dos primeiros trabalhos que tratam da Floresta Atlântica remontam do início do século XX. Mais tarde outras pesquisas foram desenvolvidas, tendo como pano de fundo a malária e a ecologia do mosquito transmissor no Sul do Brasil. Dentro deste contexto o Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota/SC, faz parte da história e da paisagem, local onde este estudo foi realizado. O objetivo deste trabalho foi ampliar o conhecimento sobre a dinâmica de uma comunidade de Floresta Ombrófila Densa através da avaliação de parâmetros de auto-ecologia das espécies arbóreas. Foi estabelecida uma transecção de 10 x 1000m, onde a cota altimétrica varia 372/489m, com topografia bastante acidentada. Todos os indivíduos arbóreos com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou superior a 5cm foram mensurados, etiquetados e colhido uma amostra vegetal para posterior identificação. Foram identificadas 135 espécies, distribuídas nas zonações Encosta íngreme com 60 espécies, Pico de morro 67, Encosta suave 112 e Fundo de vale 65; das quais 72 foram classificadas como Higrófilas, 42 Indiferentes e 21 Xerófilas. Quanto aos Grupos de densidade registrou-se como Muito Comum 1 espécie, Comum 14, Pouco Comum 40, Esparso 34 e Muito Esparso 46. Dentro dos grupos ecológicos, 60 foram incluídas como climácica, oportunista 61, pioneira de clareira 12 e pioneira edáfica 2. Quanto à estratégia de regeneração foi registrado 102 espécies com banco de plântulas e 33 com banco de sementes. Considerando-se o porte, 55 são Macrofanerófitas, 73 Mesofanerófitas e 7 Nanofanerófitas. A floração mostrou sazonalidade com picos de produção nos meses de verão com média de 49,25 (dp.18,25) espécies/mês. A frutificação denotou comportamento de pouca variação sazonal com 41,5 (dp.4,60) espécies/mês. Os frutos foram enquadrados em cinco categorias funcionais: bacóide 52, drupóide 48, capsulóide 28, samaróide 4 e vagem indeiscente 3. A caracterização das espécies dentro das síndromes de polinização demonstrou predomínio da zoofilia (129 espécies) e o da anemofilia (06). Quanto ao número de sementes de cada fruto: 106 espécies 1-5 sementes, 15 com 6-13, 6 com 15-30 e 8 com 50-125. Classificando-as segundo o volume, 85 espécies pertencem ao grupo 0,002-0,999 cm3 dos frutos, 19 espécies > 10 cm3. Quanto ao número de sementes, observou-se: Unisseminadas 37 espécies, 2-4 sementes 66, 5-10, 10 e > 10, 22. No conjunto, ficou evidente a grande especificidade de adaptações de cada uma das espécies, tendendo a comunidade a possuir elevados níveis de interação com a fauna, principalmente através dos fenômenos de polinização e dispersão de suas sementes. Este trabalho mostrou a necessidade de estudos mais detalhados em campo, sobre cada uma das espécies como condição imprescindível para ações de conservação e manejo das comunidades florestais da Floresta Ombrófila Densa.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduaçaõ em Biologia Vegetal.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/84352
Date: 2002


Files in this item

Files Size Format View
190703.pdf 323.2Kb PDF Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar