Aspectos ecológicos da marisma da Enseada de Ratones, Ilha de Santa Catarina, SC

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Aspectos ecológicos da marisma da Enseada de Ratones, Ilha de Santa Catarina, SC

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Title: Aspectos ecológicos da marisma da Enseada de Ratones, Ilha de Santa Catarina, SC
Author: Zanin, Vanessa Todescato Cataneo
Abstract: Na Ilha de Santa Catarina são encontrados significativos ecossistemas de marismas, em especial na Enseada de Ratones, onde verificam-se densos bancos monotípicos de Spartina alterniflora Loisel. No presente trabalho foram avaliadas a variação da biomassa e da densidade da espécie neste estuário durante a primavera (2000) e outono (2001), bem como a cinética de decomposição da gramínea entre os meses de abril a novembro de 2001. Durante o período avaliado a marisma apresentou 569±128 hastes.m-2. No outono foram verificadas 648±225 hastes.m-2, sendo que destas 32,8% eram senescentes. Na primavera foram registradas 516±80 hastes.m-2, das quais 26,1% estavam em senescência. A média de fitomassa encontrada para a enseada de Ratones foi de 274±46gPS.m-2. Durante a primavera a fitomassa epígea foi de 326±25gPS.m-2 e 197±90gPS.m-2 no outono. Na primavera foi verificada a maior necromassa, tanto em termos absolutos quanto relativos. Durante o outono a fitomassa subterrânea foi muito superior à da fitomassa aérea, resultando em uma baixa relação massa hipógea/epígea. Os sedimentos da marisma de Ratones são orgânicos e de granulometria síltica-argilosa. A cinética de decomposição seguiu um modelo exponencial, e a meia-vida obtida para S. alterniflora foi de 153 dias para o peso seco, com um coeficiente de decomposição de 0,0045 e 52 dias para o peso seco sem cinzas, com um coeficiente de decomposição de 0,0068. O teor de nitrogênio agregado aos detritos, submetidos ao processo de decomposição, indica uma intensa atividade da micro e macrofauna associada a cadeia detritívora. A diversidade da macrofauna encontrada nos detritos de S. alterniflora confirmou sua importância na manutenção da biodiversidade estuarina da enseada de Ratones. Durante a colonização dos detritos de Spartina alterniflora pela macrofauna, houve decréscimo progressivo de crustáceos, paralelo ao acréscimo de outros grupos, principalmente oligoquetas. A variação percentual dos teores de carbono e nitrogênio verificados durante o processo de decomposição de S. alterniflora são indícios da importância da gramínea como fonte de compostos carbonáceos e nitrogenados para o estuário.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85377
Date: 2003


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