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Este estudo foi conduzido para determinar a influência da densidade de estocagem e variação de tamanho na sobrevivência e crescimento de juvenis do robalo-peva, treinados a aceitar o alimento inerte (56 dias após a eclosão), com ênfase no canibalismo. Três densidades de estocagem (1,5; 3; e 6 peixes/L) foram testadas com dois grupos de peixes: homogêneo (CT=22,08 ± 1,70 mm; cv=8%) e heterogêneo (CT=22,73 ± 3,46 mm; cv=15%), em um experimento fatorial (3x2) em triplicata. Os peixes foram criados em um sistema de circulação de água aberto (renovação de 15 vezes/dia) durante 30 dias, em tanques circulares de 80L. A qualidade da água foi mantida estável, mas ao final do experimento houve aumento da amônia total, chegando a 1,5 mg/L na maior densidade. Não houve interação entre os dois fatores (densidade e variação de tamanho). A maior taxa de canibalismo (14,16±7,33 %) foi observada no grupo heterogêneo, que teve um melhor crescimento (45,63 ± 0,76 mm CT final) que o grupo homogêneo (3,15 ± 1,85 de canibalismo e 40,92 ± 0,87 mm CT final). O canibalismo foi positivamente correlacionado com a densidade de estocagem, com diferenças significativas entre as duas menores e a maior densidade (6,25 ± 6,34; 6,31 ± 3,95 e 13,41 ± 10,20 % respectivamente). O crescimento não foi afetado pela densidade de estocagem. As diferenças na variação de tamanho entre os grupos homogêneo e heterogêneo foram reduzidas no final do experimento. Isto se deve provavelmente ao aumento natural da variação no grupo homogêneo, e à predação seletiva no heterogêneo. O canibalismo foi a maior causa de mortalidade. Em 90% dos casos houve ingestão completa da presa. Outros sinais de canibalismo foram: peixes mortos sem os olhos ou cabeça, peixes nadando com uma presa ingerida pela metade (a cabeça primeiro), e indivíduos grandes com estômago expandido. Aproximadamente 94% da mortalidade natural foi observada de manhã, após um período de 12 h de jejum durante a noite. Isto salienta a importância de futuros estudos sobre frequência de alimentação e fotoperíodo. Baseado nestes resultados, recomendamos a densidade de 3 peixes/L para a criação do robalo-peva no primeiro mês após a transição alimentar do alimento vivo para o inerte. Densidades de até 6 peixes/L são viáveis, dependendo da melhoria na qualidade da água e alimentação. A variação de tamanho também é um fator importante, e a separação dos peixes por tamanho é recomendada uma vez por mês para todas as densidades testadas. |
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