O uso de bioindicadores e biomarcadores na avaliação do processo de remediação de efluente de lixiviação de carvão mineral utilizando microesferas de quitosana

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Title: O uso de bioindicadores e biomarcadores na avaliação do processo de remediação de efluente de lixiviação de carvão mineral utilizando microesferas de quitosana
Author: Benassi, Jean Carlos
Abstract: Este trabalho apresenta uma avaliação preliminar do potencial da quitosana, na forma de microesferas, como um agente remediador de efluente da mineração de carvão. Em adição, o processo foi monitorado para avaliar a toxicidade do efluente usando análises físico-químicas, testes de toxicidade aguda com microcrustáceos (A. salina e D. magna), teste de inibição de crescimento de raiz de cebola (Allium cepa), índice somático do fígado (ISF) biomarcadores de estresse oxidativo, dano ao DNA e atividade da enzima delta aminolevulínico desidratase (ALA-D) em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Os peixes foram expostos por 7, 15 e 30 dias em água sem cloro (CN), a 10% do efluente de mineração sem remediação (ENR) e 50% do efluente remediado com microesferas de quitosana (ERMQ). Após os períodos de exposição os peixes foram mortos e os fígados foram retirados para determinação dos níveis de glutationa reduzida (GSH), de substâncias que reagem com o ácido tiobarbitúrico (TBARS), da atividade das enzimas antioxidantes, como da catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST) e atividade da ALA-D. O dano ao DNA foi avaliado no sangue e no fígado. A remediação foi capaz de elevar o pH do efluente de 2,1 para 7,7 e remover aproximadamente 100% da maioria dos metais do efluente, com exceção do Mn. Os resultados da toxicidade aguda revelaram que o efluente mostrou alto grau de toxicidade para A. salina (CL50 = 6,01%) e para D. magna (CE50 = 9,85%). Contudo a remediação reduziu substancialmente a toxicidade do efluente para ambos microcrustáceos. Foi observada uma queda no crescimento das raízes de cebolas expostas ao efluente. Após a remediação, as raízes mostraram um aumento de 21% quando comparado aos controles. A exposição ao ENR causou um significativo aumento no tamanho do fígado dos peixes após 30 dias de exposição. Por outro lado, após remediação nenhuma diferença significante foi observada no ISF. Os níveis de TBARS foram significativamente maiores no fígado de peixes expostos ao ENR em 7 e 15 dias quando comparado ao CN. A concentração de GSH estava abaixo dos valores do CN para o ENR após 7 e 15 dias. Aumentos da atividade da CAT foram observados durante todos os tempos avaliados nos peixes expostos ao ENR. O maior aumento da atividade da GST foi observado nos peixes exposto ao ENR após 30 dias. O dano ao DNA esteve aumentado no fígado e no sangue após exposição ao ENR. Nenhuma alteração significativa foi observada na atividade da ALA-D nos peixes expostos ao ENR. Contudo, após a remediação do efluente nenhuma diferença foi observada nos níveis de TBARS e GSH, na atividade das enzimas CAT, SOD, GST e ALA-D, e no dano ao DNA, quando comparado ao CN. Os resultados indicam fortemente que microesferas de quitosana podem ser usadas como uma alternativa para a remediação de efluentes de mineração de carvão. Adicionalmente, o uso de biomarcadores utilizados neste estudo, exceção a ALA-D, constituem uma ferramenta bastante útil na avaliação da toxicidade e dos processos de tratamento de efluentes de mineração de carvão.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87388
Date: 2004


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