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No processo de refino do petróleo, várias são as operações relacionadas à emissão de compostos odorantes. As substâncias relacionadas ao odor em refinarias de petróleo incluem uma enorme gama de compostos, compreendendo, principalmente, compostos orgânicos voláteis (COV) e inorgânicos como sulfeto de hidrogênio (H2S), mercaptanas, amônia (NH3), etc. Dentre os COV, os compostos comumente encontrados em unidades de tratamento de dejetos de refinaria referem-se a hidrocarbonetos (aromáticos e parafínicos), cetonas, aldeídos, ácidos orgânicos, indóis, etc. todos também marcados por um forte caráter odorante. Além da percepção olfativa, vários destes compostos são altamente tóxicos, tais como benzeno, tolueno e xileno e sua exposição prolongada pode acarretar sérios danos à saúde humana. Com o aumento da consciência pública, as reclamações aos órgãos municipais tornaram-se freqüentes, fazendo com que hoje o tratamento de odores seja abordado juntamente com o tratamento de esgotos. Entretanto, antes de buscar-se alternativas de controle, deve-se primeiramente identificar o(s) composto(s) causador(es) do odor. O presente trabalho compreende a amostragem e a análise de gases odorantes presentes na estação de tratamento de despejos industriais da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP). A etapa de amostragem incluiu métodos normatizados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) [Métodos TO-17 (adsorção ativa de gases em cartuchos com suporte adsorvente) e OM-08 (estimativa da emissão de gases a partir de superfície líquida com câmara de fluxo # utilizada nas amostragens sobre a lagoa de tratamento)] e compreendeu a qualificação dos gases (COV, H2S e NH3), tendo-se por base a concentração dos mesmos em um suporte próprio à natureza do respectivo gás. No caso dos compostos orgânicos, a pré-concentração deu-se em adsorvente (Carbotrap e Tenax) com análise em cromatografia gasosa/espectrometria de massa. No caso do H2S e NH3, absorção em solução de HgCl2 e HCl, respectivamente, para posterior análise gravimétrica e titulação (ou Nessler) para determinação de suas concentrações. Os cromatogramas referentes às amostragens dos COV apontaram elevada concentração de hidrocarbonetos, especialmente BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos), largamente encontrados nos derivados do petróleo e de considerável toxicidade à saúde humana. Além da parte analítica, foi ainda verificada a eficiência da aeração do efluente como alternativa de tratamento de odores (oxidação química dos compostos odorantes). Neste caso, foram adotadas diferentes taxas de aeração (num range de 6 a 36 Lar/Lefluente) durante 4 e 8 horas. A eficiência deste processo foi avaliada tanto por análise físico-química (no cromatógrafo) quanto por olfatometria (verificação da intensidade odorante após a aeração, pelo método do n-butanol). O resultado apontou a aeração como eficaz no tratamento, onde a taxa de aeração mais adequada foi a de 36 Lar/Lefluente durante 8 horas de aeração (valores máximos avaliados em termos de taxa e tempo). |
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