Abstract:
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A cultura da videira (Vitis spp) está implantada há muitos anos nos Estados do Sul e Centro-Sul do Brasil. No ano de 1993, a área ocupada pela cultura no país abrangia 60.200 ha, havendo maior concentração nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com 77% da área plantada no país. Estes dois Estados respondem por cerca de 95% da produção nacional de vinhos, um mercado que se encontra em franca expansão. Em função do exposto, observa-se que a produção de vinhos no Estado SC é de grande importância sócio-econômica. Além disto, um consumo crescente de vinhos tem sido observado nacionalmente (Mello, 2000). Tal fato sugere uma forte expansão deste mercado, o qual deverá oferecer produtos de qualidade superior. De modo a tornar viável este último aspecto, análises qualitativas e quantitativas dos constituintes presentes nos vinhos surgem como abordagem de interesse, principalmente quando se enfoca a avaliação de compostos de reconhecidos efeitos benéficos sobre a saúde humana. Como conseqüência, poder-se-á criar um conceito de produto comercial, com qualidade e características diferenciadas. Esta linha de estudo permitirá, a possibilidade de se agregar valor aos produtos já comercializados, i.e. vinhos, através da análise de seu potencial como agentes de valor profilático e/ou terapêutico em saúde humana. Tendo em vista os aspectos acima abordados, este presente trabalho buscou avaliar concentrações de metabólitos secundários (fenóis, antocianinas, taninos, t-resveratrol) em vinhos elaborados com uvas Vitis labrusca variedades Bordô, Isabel, Niágara Branca e a híbrida Seyve Villard produzidos no Estado de Santa Catarina, através de técnicas espectroscópicas (U.V/visível e ressonância magnética nuclear de hidrogênio - 1H-RMN), acopladas ou não à técnicas de cromatografia líquida (CL). |