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O objetivo deste estudo é desvelar o significado do desligamento do trabalho para homens e mulheres quando ocorre a aposentadoria. Como prática investigativa foi utilizada a pesquisa qualitativa, desenvolvendo a análise das trajetórias laborais como um todo reconstruindo a historia sócio-cultural do grupo pesquisado. Para o estudo das trajetórias laborais, foram buscados aportes teóricos que sustentaram as discussões acerca das seguintes categorias: trabalho, aposentadoria, envelhecimento e relações de gênero. Os sujeitos da pesquisa possibilitaram contemplar um conjunto de experiências no contexto das relações de trabalho tendo em vista o desligamento pela aposentadoria. Para a coleta de informações foi utilizada a entrevista individual, semidirigida, com um fio condutor que permeou a construção das trajetórias laborais de cinco homens e cinco mulheres associadas da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social da Grande Florianópolis (ASAPREV). O estudo revelou que as trajetórias laborais são trazidas com múltiplos significados e que esses estão relacionados com as mudanças da vida social e com as relações surgidas no mundo do trabalho, entre elas encontramos a perda da rotina laborativa, sua reorganização da vida familiar, a busca de espaço para convívio dentro e fora das relações privadas e de novas atividades ocupacionais. A relação com a aposentadoria para os entrevistados é vivida de forma ambígua: de um lado, significa espaço de autonomia, de liberdade e, de outro de incertezas e inseguranças. Como a aposentadoria assegura a todos, fonte de sustento, o aspecto financeiro se reveste de vital importância. Esse é um elemento unificador dos interesses dos entrevistados/as, os congregando em torno das questões: redução e desvalorização do benefício previdenciário e a ineficácia das políticas de seguridade social insuficientes para manutenção da sua qualidade de vida. The purpose of this paper is to reveal the meaning of the distance from labor for men and women when they get retired. As an investigative practice it was used the qualitative research, developing the analysis of the labor trajectories reconstructing the social-cultural history of the studied group. To study the labor trajectories, it was researched theory contributions that supported the discussions: work, pension, oldness and gender relation. To collect information it was used the individual interview, half commanded by a conductor wire that permeated the construction of the labor trajectories of five men and five women. The research revealed that the labor trajectories are brought with several meanings and that those meanings are related to changes of social life and the relationship emerged in the labor world, among those changes are the loss of the labor routine, its reorganization of the family life, a seek space for the acquaintance in and out of the private relation and new occupation activities. The relation with the pension for the interviewed people is lived in an ambiguity way, on one hand it means autonomy space of freedom and on the other of uncertainties and insecurities. As the pension assures for everyone the supporting source, the financial aspect revests itself of vital importance. This is a unified element of the interests of the interviewed people; assemble them in relation to the following inquiries: reduction and depreciation of the providence benefit and the ineffective politics of social security, insufficient for the life quality maintenance. |
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