Abstract:
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As plantas aromáticas são largamente utilizadas como medicamentos na medicina popular, e atualmente estão sendo estudadas devido às suas propriedades terapêuticas, entre elas antiinflamatória, antifúngica, antiviral e antioxidante, que dependem dos compostos biologicamente ativos presentes nessas plantas. A hortelã (Mentha spicata L) é uma planta aromática nativa da Europa, cujo óleo essencial tem aplicações em indústrias alimentícias, farmacêutica e de cosméticos. Dentre os diferentes métodos de extração para óleos essenciais, pode-se destacar a extração supercrítica (ESC), um processo de separação a alta pressão, livre de resíduos tóxicos, que não provoca degradação térmica aos extratos e conserva as características organolépticas do produto, além das técnicas a baixa pressão, conhecidas como processos convencionais. Assim, o objetivo do presente trabalho foi a obtenção de óleo essencial de hortelã (Mentha spicata L) através das seguintes técnicas de extração: ESC (com e sem co-solvente), hidrodestilação e extração Soxhlet, visando a determinação do rendimento de processo, da composição química e da atividade antioxidante dos extratos. O resultado das extrações a baixa pressão contribuíram para a escolha dos co-solventes aplicados nas extrações a alta pressão com CO2, empregados para promover o aumento no poder de dissolução do solvente supercrítico e/ou o controle da seletividade do processo. As condições de operação para ESC com CO2 foram de 30, 40 e 50ºC e pressões variando de 100 a 300 bar. O melhor rendimento (2,38%) foi obtido na condição de 300 bar e 50ºC. Na ESC com co-solvente foram utilizados dois co-solventes: o etanol e o acetato de etila, nas concentrações de 10, 15 e 20% em massa, e condição de 200 bar e 40ºC. O etanol apresentou maiores rendimentos do que o acetato de etila. A inversão das isotermas a 40 e 50ºC na ESC com etanol foi determinada com 20% de co-solvente, variando-se a pressão de operação. Para entender a cinética de extração do sistema óleo de hortelã + CO2 supercrítico, foram empregados três modelos: o Modelo de Difusão, apresentado por REVERCHON (1997), que faz analogia à transferência de calor, e dois modelos baseados no balanço de massa diferencial: Modelo de Sovová, proposto por SOVOVÁ (1994) e o Modelo Logístico (LM), apresentado por MARTÍNEZ et al (2003). Os modelos de Difusão e Logístico se ajustaram melhor aos dados experimentais do que o modelo de Sovová. |