Análise de variáveis cataclísmicas no infra-vermelho

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Análise de variáveis cataclísmicas no infra-vermelho

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Title: Análise de variáveis cataclísmicas no infra-vermelho
Author: Souza, Tiago Ribeiro de
Abstract: Neste trabalho apresentamos os resultados do desenvolvimento de um código de síntese de curvas de luz para estrelas secundárias em Variáveis Cataclísmicas. Utilizando a modulação elipsoidal característica das secundárias destes sistemas desenvolvemos um código capaz de recuperar os parâmetros orbitais do sistema. Por fim apresentamos a aplicação deste código a curvas de luz nas bandas $J$, $H$ e $K$ da nova anã eclipsante IP Peg. Realizamos simulações de Monte Carlo em curvas artificiais, obtidas com o programa de síntese, a fim de testar a capacidade do programa de reconstrução em obter os parâmetros de um dado sistema. As simulações mostram que podemos recuperar a inclinação $i$ e a razão de massa $q$ com boa precisão, bem como obter boas estimativas para a contribuição da secundária em relação ao fluxo total. As curvas de IP Peg, obtidas enquanto o sistema estava em quiescência, são dominadas pela modulação elipsoidal da estrela secundária, emissão do disco de acréscimo e emissão anisotrópica da mancha brilhante ({\it ``bright spot''}). Dois eclipses podem ser vistos nas curvas de luz. O eclipse secundário, coberto apenas pelas curvas em $J$ e $H$, possui $\sim 2\%$ e $\sim 3\%$ de fluxo desaparecendo em minima luz, respectivamente. Ajustando a modulação elipsoidal da secundária (incluindo possíveis efeitos de iluminação) obtemos $q = 0.42$ e $i = 84^{o}$, consistente nas tres bandas, dentro das incertezas. Efeitos de iluminação são desprezíveis. A secundária é responsável por $83\%$, $84\%$ e $88\%$ do fluxo total em $J$ $H$ e $K$, respectivamente. Ajustamos um espectro de corpo negro aos fluxos em $JHK$ da secundária e encontramos uma distância $d = 115\pm30 pc$ até o sistema. Subtraimos a contribuição da secundária e aplicamos técnicas de mapeamento por eclipse 3-D às curvas resultantes para mapear o brilho superficial de um disco com um angulo de abertura $\alpha$ e uma borda circular na posição radial da mancha brilhante ($R = 0.58R_{L1}$). A distribuição radial de temperatura é plana para $R < 0.1R_{L1}$, com temperaturas de $\sim 5000K$ no centro, caindo para $\sim 2000K$ nas partes externas do disco. Modelamos o eclipse secundário e descobrimos que o disco deve ser oticamente expesso para $R < 0.23R_{L1}.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Programa de Pós-Graduação em Física.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89644
Date: 2007


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