O caldo na panela de pressão: um olhar etnográfico sobre o presídio para mulheres em Florianópolis

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O caldo na panela de pressão: um olhar etnográfico sobre o presídio para mulheres em Florianópolis

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Hartung, Miriam Furtado pt_BR
dc.contributor.author Brito, Mirella Alves de pt_BR
dc.date.accessioned 2012-10-23T02:21:37Z
dc.date.available 2012-10-23T02:21:37Z
dc.date.issued 2007
dc.date.submitted 2007 pt_BR
dc.identifier.other 245035 pt_BR
dc.identifier.uri http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89752
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social pt_BR
dc.description.abstract A pesquisa descreve as práticas sociais no Presídio Feminino de Florianópolis, SC. O presídio corresponde a uma das unidades prisionais do sistema penitenciário de Santa Catarina, único exclusivo para a detenção de mulheres. A pesquisa perseguiu o objetivo de identificar como se organizam as mulheres presas em Florianópolis, como se relacionam e que práticas coletivas são encenadas nesse contexto. A população de mulheres presas envolvidas na pesquisa foi, inicialmente, de 36 mulheres, que haviam sido julgadas e receberam sentença de reclusão em regime fechado. Entretanto, ao longo do trabalho de campo esse número foi se modificando e foi possível conhecer em torno de 100 mulheres que passaram pelo presídio no período em que foi realizada a pesquisa. Reconheceu-se que há no Brasil uma incipiente tentativa de dar visibilidade a questões que se incorporam no cotidiano prisional, sobretudo nos presídios para mulheres. Três autoras brasileiras são destaques como inovadoras nessa área: Julita Lemgruber (1983); Iara Ilgenfritz e Bárbara M. Soares (2002). No exterior merece destaque Manuela Ivonne da Cunha (2002), na realização de uma etnografia de um presídio de mulheres em Lisboa/PT. De sorte que, nessa pesquisa foi necessário articular vários entendimentos até que pudéssemos, a partir dos dados etnográficos, identificar que as relações presa/instituição e prisão/violência - embora de extrema relevância - não dão conta de representar o presídio feminino de Florianópolis tal qual é possível percebe-lo: um lugar de convivência e, portanto, de sociabilidades que se sobrepõem muitas vezes às práticas coercitivas ali presentes, legitimadas pela sociedade em geral. Foi identificado que a experiência prisional reedita algumas das práticas já encenadas por essas mulheres, mas dá ênfase a algumas relacionadas ao parentesco, a rituais de iniciação na vida prisional e ao estabelecimento de confiança entre pares. Fundamentalmente, o estudo indica que o fluxo de informações, pessoas, objetos e desejos, se dá de forma a diminuir, ou até mesmo apagar a fronteira entre o dentro e o fora da prisão, mesmo que, em muitos momentos, essa fronteira seja decisiva no destino de cada uma das mulheres que ali se encontram. pt_BR
dc.description.abstract This research describes social practices in the Female Penitentiary in Florianópolis, SC. The penitentiary is one of the units of the penitentiary system in Santa Catarina being the single one for imprisonment of women in the State. The research aimed in identifying how the imprisoned women organize themselves, how they relate to each other and which collective actions are performed thereof. The number of imprisoned women involved in the research started off as 36 - all had undergone trial and had received imprisonment sentence (closed regimen). However, as the research developed, this number changed and reached about 100 women who passed by the penitentiary during the research period. It was acknowledged that, in Brazil, there is a crude attempt in showing issues related to the daily life in penitentiaries, especially in female penitentiaries. Three Brazilian writers are highlighted as innovative in this field: Julita Lemgruber (1983); Iara Ilgenfritz and Bárbara M. Soares (2002). A writer with prominence in a foreign country is Manuela Ivonne da Cunha (2002), on an ethnography performed in a female penitentiary in Lisbon (Portugal). Therefore, this research had to undergo several understandings to the point where we were able to identify, from ethnographic data, the relationship between prisoner/institution and prison/violence that - although having great relevance - do not duly represent the female penitentiary in Florianópolis as it is in real life: a place where they live, and thus a sociability place that in many instances overcome the coercive practices present, justified by society in general. It was identified that the penitentiary experience re-edits some practices already performed by these women, but it emphasizes some practices related to family ties, initiation rituals in penitentiary life as well as the establishment of trust amongst pairs. Basically, the study shows that flow of information, people, object and desires take place in order to decrease, or even erase, the borderline of inside and outside of prison, even if in some moments, this borderline is decisive in the fate of each of the women there. en
dc.format.extent 151 f.| il. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC pt_BR
dc.subject.classification Antropologia pt_BR
dc.subject.classification Antropologia social pt_BR
dc.subject.classification Prisões pt_BR
dc.subject.classification Florianopolis (SC) pt_BR
dc.subject.classification Reformatorios para mulheres pt_BR
dc.subject.classification Florianopolis (SC) pt_BR
dc.title O caldo na panela de pressão: um olhar etnográfico sobre o presídio para mulheres em Florianópolis pt_BR
dc.type Dissertação (Mestrado) pt_BR


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