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No ciclismo, a técnica de pedalada é dependente de diversos fatores, dentre eles a intensidade e a cadência. No entanto, os estudos que investigaram de forma associada esses fatores são carentes quanto aos aspectos da individualidade e a especificidade do treinamento. Objetivo: Verificar a ocorrência de alterações na técnica de pedalada de ciclistas quando modificadas as cadências e as intensidades. Metodologia: Fizeram parte do estudo oito ciclistas profissionais com idade entre 18 e 30 anos. Todos os atletas realizaram um teste progressivo para a determinação dos valores de potência máxima. Após 48 horas, os ciclistas realizaram duas séries de 30 minutos, com intervalo de 30 a 35 minutos entre as séries, nas intensidades de 60% e 80%máx. Cada série foi constituída por: 10 minutos na cadência preferida (Pref), 10 minutos na cadência 20% abaixo da cadência preferida (Pref -20%) e 10 minutos na cadência 20% acima da preferida (Pref +20%). Para o registro das forças utilizou-se um pedal instrumentado bidimensional, sincronizado com um sistema de cinemetria para a identificação simultânea do respectivos ângulos do pedal e pé-de-vela (PDV). Análises estatísticas: Utilizou-se a estatística descritiva para apresentar as variáveis. Para comparação entre as cadências e intensidades utilizou-se análise de variância Anova two way, com post-hoc de tukey (HSD), o nível de significância assumido foi de 0,05. Resultados: Efeitos da cadência: 1) Os valores de Força Resultante (FR), Força Efetiva (FE) e torque, em ambas as intensidades, foram superiores, porém não significativos na fase de propulsão para Pref. Na fase de recuperação a Pref -20% apresentouse estatisticamente superior para FR(60%), FE (60 e 80%) e Torque (60 e 80%) 2) Os %FE positiva e negativa da Pref +20%, em ambas as intensidades, foi estatisticamente diferente das demais cadências 3) O IE não foi alterado com as cadências 4) A cadência Pref (60 e 80%) Pref +20% (80%) foram as mais técnicas em relação ao IE propulsivo. Efeitos das intensidades: 1) A 80% os %FE positiva e negativa tenderam a apresentar valores superiores, porém não foram sgnificativos. 2) A intensidade 80% apresentou os maiores valores de IE, porém significativo somente para Pref +20%. 3) Não foram reportadas diferenças significativas entre os IE propulsivo e IE recuperação, apesar de ser observado valores mais elevados para 60% (propulsivo) e 80% (recuperação) 4) A 80% todas as cadências apresentaram valores superiores de pico de torque negativo, indicando que em intensidades elevadas os ciclistas procuram puxar o pedal. Conclusões: Chegou-se a conclusão que tanto a cadência quanto a intensidade, alteram a técnica de pedalada. Analisando de forma separada a cadência preferida pelos ciclistas tende a apresentar melhor padrão técnico que as demais, independente das intensidades testadas. Em relação à intensidade concluiu-se que para a 80%, independente das cadências, é onde os ciclistas apresentam uma melhor técnica de pedalada. Portanto, as características dos treinamentos, geralmente próximos a 80%, e em cadência preferida, são responsáveis por adaptações na técnica dos ciclistas. |
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