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No presente trabalho é analisada a competitividade da cadeia produtiva viti-vinícola gaúcha, líder no Brasil. Para tanto, utilizou-se como embasamento teórico a noção de cadeias produtivas, competitividade em cadeias produtivas e a Economia dos Custos de Transação. Assim, visou-se verificar, dentro de cinco níveis de análise, as principais características, peculiaridades e gargalos desta cadeia. Verificou-se que o ambiente institucional exerce grande influência nas atividades da cadeia, sendo esta afetada negativamente pela política tributária do país. Além disso, verificou-se que: o aumento da concorrência interna fez com que a viti-vinicultura gaúcha se atualizasse tecnológica e estrategicamente, buscando produzir de forma mais condizente com a nova realidade; houveram melhorias na fiscalização da qualidade (genuinidade) dos produtos; existem diferentes financiamentos para os segmentos produtivos da cadeia, podendo estes serem considerados satisfatórios; e que a legislação é adequada, apesar de apresentar algumas lacunas. Referente ao ambiente tecnológico, constatou-se que os produtores de insumos, os viticultores e a agroindústria tiveram grande evolução técnica nos últimos anos, mesmo que ainda o segmento vitícola não consiga atender todas as necessidades da agroindústria. As estratégias adotadas pelas empresas tornaram-se mais visíveis e audaciosas, independente do tamanho das cantinas e dos tipos produtos, mesmo que ainda diversas delas possam ser consideradas semi-profissionais ou irracionais. O ambiente organizacional desenvolveu-se bastante nos últimos anos também: verificou-se a criação de novas entidades de classe, o aprimoramento da atuação das já existentes, o aumento da ação do principal órgão de pesquisa, maior inserção das universidades gaúchas, entre outras. Em relação às estruturas de governança, constataram-se aprimoramentos em algumas relações que possibilitaram o aumento da competitividade, além da verificação de diversos gargalos em outras. Assim, enquanto houveram aumentos das parcerias na relação viticultoragroindústria, os segmentos produtores de insumos e os distribuidores ainda exercem grande barganha na relação com os viticultores e a agroindústria. De acordo com este contexto, algumas sugestões de políticas privadas e públicas podem ser apresentadas para aumentar o desenvolvimento competitivo da cadeia gaúcha. Entre as privadas destacam-se o aumento da promoção da imagem dos produtos brasileiros no exterior, consolidação cada vez maior das parcerias para a compra de insumos, melhoria da logística de distribuição de produtos no território nacional, melhoramentos contínuos na viticultura, dentre outras. Já quanto às políticas públicas destacam-se: consolidação da atuação operacional do IBRAVIN, equalização da carga tributária nacional aos níveis de tributação dos países concorrentes do Mercosul, reforma tributária que elimine a tributação em cascata e a desorganização tributária, combate ao contrabando de vinhos principalmente dos países do Mercosul, etc. This work analyzes the competitiveness in the vitiviniculture production chain in the state of Rio Grande do Sul, leader in Brazil. For this purpose, the concepts of production chain, competitiveness in production chains and Economy of Transaction Costs have been used as a theoretical base. So, within the five levels of analyses, it was intended to verify the characteristics, peculiarities and flaws of this chain. It has been verified that the institutional atmosphere has great influence in the activities within the chain, being affected negatively by the country#s tributary system. Moreover it has been verified that the increase of internal competition made the vitiviniculture of the state get technologically and strategically updated, seeking to produce more appropriately in the current reality; there were improvements in the quality inspection of the products, which can be considered satisfactory; and the legislation is adequate, despite presenting some gaps. As for technology, it has been verified that implement producers, viticulturists and agro industry have had great technical evolution over the last years, although the winegrowing segment cannot meet all the necessities of the agro industry. The strategies adopted by companies made them both more visible and audacious, however the size of the winery may be and no matter the type of product, even though some may be considered semi professional or irrational. The organizational atmosphere has developed a lot over the last years too, it has been verified the opening of new class entities; the improvement of the effectiveness of the existing ones; the improvement of the action of the main research organ, greater insertion of state universities, among others. Regarding governmental structures, improvements have been seen in some relation, which allowed an increase of competitiveness, besides the verification of several flaws in others. Therefore, while there was an increase in partnerships in the relations between viticulturists and agro industry, the implement production segment and suppliers still imply a big bargain in the relation with viticulturists and the agro industry. Following this context, some suggestions of private and public policies can be presented in order to increase the competitive development of the state chain. Among the private ones, the promotion of Brazilian products abroad, consolidation of partnerships to purchase implement, improvement of logistic for the distribution of products within the domestic market, lasting improvements in viticulture, among others stand out. As for public policies, these ones can be highlighted: consolidation of the IBRAVIN#s operational performance, level the tax charges with the other countries of Mercosul, tributary reform which eliminates the cascading tax system, fighting off wine contraband mainly within the Mercosul. |
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