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Neste trabalho foram operados e avaliados diversos reatores de digestão anaeróbia construídos em escala real numa propriedade de média produção de suínos, sob condições climáticas do sul do Brasil. O caráter inovativo do trabalho foi assegurado pela configuração do tratamento do efluente clarificado através da seqüência lagoa de decantação ' lagoa anaeróbia ' reator UASB. Uma parcela dos sólidos sedimentados na lagoa de decantação, correspondente a vazão de 0,86 m3/dia, alimentou um biodigestor de lodo. A operação do sistema de tratamento se deu em duas fases, chamadas FASE 1 - de Alta Carga - e FASE 2 - de Baixa Carga, caracterizadas pela diminuição das vazões de alimentação do sistema de tratamento, de 9,0 m3/dia para 6,8 m3/dia. As cargas aplicadas (COV) nos reatores foram de 0,07 kg SVT/ m3.dia, na lagoa anaeróbia; 1,27 - 1,51 kg DQO/m3.dia, no reator UASB; e 0,79 - 1,22 kg ST/m3.dia, no biodigestor de lodo. A lagoa de decantação foi operada com taxa de aplicação superficial (TAS) de 0,13 - 0,18 m3/m2.dia. O sistema de tratamento apresentou eficiência de remoção de DQO variando de 82 a 85%, de DBO, de 89 - 93%, de ST, de 21,7 - 55,3% e de Ssed, de 98,6 a 99,5%. No biodigestor de lodo as eficiências de remoção da DQO e DBO foram de 51 - 71% e de 58 - 82%, respectivamente; a produção média de biogás foi de 6,26 m3/dia, com produção específica de 0,17 m3 biogás/kg ST.dia. A partida dos reatores com inóculo de dejetos suínos foi considerada improdutiva. A taxa de crescimento da biomassa nos reatores foi de 0,047, 0,030 e 0,163 kg SVT/m3.dia, para a lagoa anaeróbia, reator UASB e biodigestor de lodo, respectivamente. |
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