O impacto da mudança no uso do solo sobre o sequestro de carbono e seus atributos microbiológicos

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Title: O impacto da mudança no uso do solo sobre o sequestro de carbono e seus atributos microbiológicos
Author: Primieri, Silmar
Abstract: A alteração no uso da terra pode modificar os estoques de carbono no solo e aumentar as emissões de CO2 para a atmosfera, contribuindo para agravar o aquecimento do planeta. O objetivo desse trabalho foi avaliar a dinâmica do carbono no solo dos diferentes tipos de cobertura vegetal do Planalto Serrano de Santa Catarina. O trabalho foi conduzido em Campo Belo do Sul-SC, em um Nitossolo Háplico e Cambissolo Húmico, com inclusões de Neossolos Litólicos, entre os meses de fevereiro e maio de 2007. As áreas avaliadas foram: Campo Nativo (CN); Floresta Ombrófila Mista Clímax (FOMc); Floresta Ombrófila Mista em estágio avançado de regeneração (FOMr); Reflorestamento de Araucaria angustifolia com 12 anos de idade (RA); Reflorestamento de Eucalyptus dunnii com 12 anos de idade (RE) e Reflorestamento de Pinus taeda (RP) com 12 anos de idade. As amostras foram alocadas em áreas geograficamente próximas, com no máximo 5 km de distância, minimizando interferências de características pedológicas, climáticas e topográficas. Para quantificar os estoques de carbono no solo foram analisados a densidade e o teor de carbono no solo de 0-20cm de profundidade. Os atributos bioquímicos do solo analisados foram o carbono na biomassa microbiana (CBM); a respiração basal do solo (RBS) e seus índices calculados: quociente microbiano (qMic) e o quociente metabólico (qCO2). Os maiores estoque de carbono (Ct) foram encontrados na Floresta Ombrófila Mista em estágio avançado de regeneração (FOMr) com 79,6 Mg ha-1. Os valores do Ct no Campo nativo (CN), foram de 70,7 Mg ha-1 e na Floresta Ombrófila Mista Clímax (FOMc) de 75,7 Mg ha-1, esses valores foram superiores aos encontrados no reflorestamento de Araucaria, com 62,7 Mg ha-1, ao reflorestamento de Eucalyptus, com 68,1 Mg ha-1 e no reflorestamento de Pinus, com 63,3 ha-1. Os atributos bioquímicos mostram a atividade metabólica do solo (CBM, RBS, qMic e qCO2) indicam que o Campo Nativo (CN) e a Floresta Ombrófila Mista em estágio Clímax (FOMc) possuem a melhor capacidade de armazenar carbono no solo, entre todos os sistemas de uso da terra analisados. Os resultados apresentados no reflorestamento de Araucaria indicam boa capacidade de utilização do carbono advindo da decomposição da matéria orgânica. Os valores encontrados na Floresta Ombrófila Mista em estágio avançado de regeneração (FOMr) demonstraram um ambiente em transição, com baixas concentrações de carbono na biomassa microbiana (325,8 mg kg-1) e altos índices de respiração basal do solo (69,7 mg CO2 kg solo), o que indica um ambiente em desequilíbrio emitindo muito CO2 para a atmosfera e armazenando pequena quantidade no solo. Nos reflorestamentos de Eucalyptus (RE) e Pinus (RP), os altos índices de RBS, (51,8 e 46,6 mg CO2 kg solo, respectivamente) e qCO2 (0,23 e 0,24 µg CO2/ µg C g-1 solo h-1, respectivamente) e as baixas concentrações de CBM (263,78 e 293,31 mg . kg-1, respectivamente) sugerem que esses sistemas de uso da terra emitem maior quantidade de CO2 para a atmosfera, pela respiração microbiana. As mudanças na precipitação e na temperatura atmosférica ao longo dos meses analisados causaram variações diferentes para cada sistema de uso da terra analisado. De modo geral, os maiores resultados no estoque de carbono (Ct), no carbono da biomassa microbiana (CBM), na respiração basal do solo (RBS) e no quociente microbiano (qMic) foram encontrados nos meses de abril e maio, que caracterizam o início da diminuição da temperatura.
Description: Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90840
Date: 2008


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