Abstract:
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Research has shown that Brazilians tend to insert a vowel before word-initial /s/-clusters and to voice the /s/ depending on the following consonant features (e.g., Cornelian, 2003; Rauber, 2006; Rebello & Baptista, 2006). The present study investigated the perception and production of /s/-clusters in the Brazilian Portuguese/English interphonology and effects of perceptual training on learners' performance. The data collection was carried out through a pretest, a training phase, a posttest, and a retention test. Production was assessed by four reading tests and an interview. Perception was assessed by an AX discrimination task and by a forced-choice identification test similar to the task used in the training, but with additional words and recorded by an unfamiliar talker. The main objective of the study was to verify whether perceptual training would lead to improvement in perception and production. Transfer of training to a discrimination task and to untrained words was also tested. The training was designed following a high-variability approach (Logan et al., 1991) with difficulty gradually increasing throughout the training program. The training set consisted of two-alternative-forced-choice identification trials with immediate feedback and replay allowed after hitting the decision key. The stimuli consisted of phrases recorded by two Americans. The results showed that the phonological context did not significantly affect perception and production and that /s/+sonorant clusters were more difficult than /s/+stop clusters in both perception and production. There was improvement in identification, transfer to production, to discrimination and to untrained clusters. Improvement in identification, discrimination, and production was still detected in an eight-month follow-up test. Correlations between identification, discrimination, and production were stronger before training because the improvement in performance varied considerably among the tasks. Estudos anteriores sobre /sC(C)/ em início de palavras mostraram que brasileiros tem a tendência de inserir uma vogal antes de /sC(C)/ iniciais e de vozear o /s/ dependendo dos traços fonológicos do som posterior (e.g., Cornelian, 2003; Rauber, 2006; Rebello & Baptista, 2006). O presente estudo investigou a percepção e a produção de /sC(C)/ iniciais na interfonologia do Português do Brasil/Inglês além de efeitos do treinamento perceptual na percepção e produção de /sC(C)/. A coleta de dados consistiu de um teste anterior, treinamento, um teste posterior e um teste de retenção. A produção foi acessada através de quatro testes de leitura e de uma entrevista. Percepção foi também acessada através de uma tarefa de discriminação AX e de um teste de identificação com alternativa dupla similar à tarefa de treinamento, com palavras extras e um locutor diferente. O objetivo principal era verificar se o treinamento perceptual provocaria melhora na percepção e na produção de /sC(C)/ iniciais. Transferência de treinamento para uma tarefa de discriminação e para palavras não treinadas também foi testada. O treinamento foi projetado seguindo uma abordagem de alta variação (e.g., Logan et al., 1991) com dificuldade gradualmente aumentando depois de cada bloco de treinamento. O programa de treinamento consistiu em questões de dupla alternativa com retroalimentação imediata e possibilidade de escutar o estímulo conforme vontade do participante até que uma resposta fosse dada. Os estímulos consistiam de frases gravadas por dois americanos. Os resultados mostraram que o contexto fonológico não afetou de forma significativa a produção e a percepção de /sC(C)/ e que /s/+soante sofreram mais modificações que /s/+plosiva tanto na percepção quanto na produção. Houve melhora na identificação e transferência de melhora para produção, discriminação e /sC(C)/ não treinados. Melhora na identificação, discriminação e produção ainda foram detectadas no teste administrado oito meses após o treinamento. Correlações entre identificação, discriminação e produção reduziram após o treinamento devido às diferenças na melhora de desempenho entre as tarefas testadas. |