Abortamento/aborto: representações sociais de enfermeiras da atenção básica à saúde

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Abortamento/aborto: representações sociais de enfermeiras da atenção básica à saúde

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Martini, Jussara Gue pt_BR
dc.contributor.author Mortari, Carmen Luiza Hoffmann pt_BR
dc.date.accessioned 2012-10-25T02:24:27Z
dc.date.available 2012-10-25T02:24:27Z
dc.date.issued 2012-10-25T02:24:27Z
dc.identifier.other 279355 pt_BR
dc.identifier.uri http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93706
dc.description Disertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias da Saude, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2010 pt_BR
dc.description.abstract O abortamento/aborto é uma realidade presente em nossa sociedade. É um tema polêmico, que traz múltiplas interpretações e representa interesses diversos às instituições sociais, sendo um problema de saúde pública e um desafio para os profissionais da saúde. A Atenção Básica à Saúde, porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde - SUS, recebe, algumas vezes, mulheres com a intenção de praticar o aborto e, nessa situação, as enfermeiras devido à complexidade da temática, encontram dificuldades na prática do cuidado. O estudo teve como objetivo conhecer como as enfermeiras que atuam na Atenção Básica à Saúde no município de Chapecó/SC, representam o abortamento/aborto inseguro e como essas representações podem se relacionar com as formas de se prestar cuidados em situações concretas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tipo exploratório descritivo, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Os dados foram coletados no período de julho a setembro de 2009, por meio da técnica de "Grupo Focal", constituído por oito enfermeiras que atuam na Atenção Básica à Saúde. A análise dos dados utilizou o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Os discursos dão conta de que, nessas situações, a prática do cuidado vem permeada de conflitos entre posicionar-se contra o aborto ou apoiar às mulheres, e ou, manter-se na imparcialidade, deixando a responsabilidade de decisão e ação para elas. Algumas das representações tais como: 'o aborto inseguro ser um crime; o dever da mulher ficar com a criança ou entregá-la para adoção; a preservação da vida como princípio a ser almejado pela formação profissional...' normalmente desencadeiam tentativas de influenciar a mulher a não interromper a gravidez. Quando não obtém sucesso nessas tentativas, algumas enfermeiras mesmo desejando ajudar a mulher a encontrar uma saída segura, pelos limites profissionais, apenas a orientam a 'ir pra casa pensar, deixando claro que não é com ela (a enfermeira) a prática do aborto. Ficando a mulher abandonada..., indo pra clandestinidade..., tendo que se virar.' Outros discursos, trazem claramente o poder do Estado sobre as representações: 'se ocorrer o aborto pelo uso da pílula do dia seguinte ou do DIU de cobre, por serem métodos permitidos pelo governo e pela sociedade, seria considerado aborto legal e, também aborto permitido por Deus'. As enfermeiras participantes da pesquisa, nos debates dos grupos focais, refletiram a respeito de seus posicionamentos profissionais, ancorados por concepções religiosas, familiares e da formação, questionando-se: 'que 'vida' preservar? Se a criança que não é abortada, pode ser 'abortada em vida, a criança vivendo na miséria' e a mãe o 'inferno''. Essas reflexões levaram as enfermeiras a concluírem que, o posicionamento imparcial, as libera de futuras responsabilidades para com as 'crianças que não foram abortadas e vivem na condição de mortas vivas'. pt_BR
dc.description.abstract Abortion is a reality in our society, is a controversial issue that brings many different interpretations representing diverse interests and social institutions. The public health problem and a challenge for health professionals. The primary health gateway for users in the Unified Health System - SUS, receive, sometimes, women with the intention of abortion and, in this situation, the nurses, because of the complexity of the subject, find it difficult to explain the issues with the matter. The study aims to understand how nurses working in primary health in Chapecó / SC represent the abortion / unsafe abortion and how these representations may be related to the ways of providing care in specific situations. This is a qualitative approach, an exploratory and descriptive type, based on the Theory of Social Representations. Data were collected from July to September 2009, using the technique of "Focus Group", consisting of eight nurses working in primary health. The data analysis used the method of the Collective Subject Discourse. Speeches show that in those situations, the practice of care are permeated with conflicting stances against abortion and support to pregnant women and / or maintain the impartiality, leaving the responsibility of decision and action to them. Some of the representations such as 'unsafe abortion is a crime, the duty of the woman to keep the child or give it for adoption, the preservation of life, as a principle to be chosen in the professional training,' usually trigger attempts of women to stop pregnancy. When there is no success in these attempts, some nurses are even willing to help the woman find a safe way out, by professional boundaries, by guiding them to 'go home and think about it, making it clear that is not her (the nurse) to practice abortion. And making them understand that the procedure will be done illegally , that the woman may be abandoned .Other speeches bring clearly state power on the representation:' if abortion occurs by the use of morning-after pill or IUD Copper, being the methods permitted by the government and society, it would also be considered legal abortion and abortion also permitted by God. The nurses participating in the research, in discussions of the focus groups reflected the respect of their professional positions, anchored in religious views, family and training, questioning, 'which life 'preserve? If the child is not aborted, can be 'aborted alive, children would be living in poverty' and mother in 'hell''. These considerations led the nurses to conclude that the neutral position is the best one. Because it releases them of future liabilities to the 'children who were not aborted and will be living in conditions of living dead'. en
dc.format.extent 80 f.| il. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.subject.classification Enfermagem pt_BR
dc.subject.classification Aborto pt_BR
dc.subject.classification Enfermeiras pt_BR
dc.subject.classification Representações sociais pt_BR
dc.title Abortamento/aborto: representações sociais de enfermeiras da atenção básica à saúde pt_BR
dc.type Disertação (Mestrado) pt_BR


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