Abstract:
|
Nos sistemas intensivos de cultivo de peixes é comum a presença dos agentes estressores que interferem no metabolismo e no crescimento. Considerando isso, foi estudado o efeito dos agentes estressores densidade de estocagem e manuseio sobre o crescimento e sobre as respostas fisiológicas e bioquímicas de alevinos de Salminus brasiliensis, assim como as respostas dessa espécie ao estresse. Parte do estudo foi conduzido em laboratório, avaliando as densidades de 30, 150 e 300 peixes m-3, com presença e ausência de manuseio por 80 dias, e a outra parte foi conduzida em tanques-rede, no reservatório de Itá, avaliando as densidades de 15 e 30 peixes m-3, com manuseio por 40 dias. As variáveis analisadas foram: comprimento padrão e peso total, hematócrito (Ht) no sangue e hemoglobina ([Hb]), glicose e lactato, atividade das enzimas hepáticas antioxidantes glutationa peroxidase, glutationa redutase, glutationa-S-transferase, catalase e as concentrações de Na+, K+, Cl- e Ca2+ no plasma e nas brânquias. Os resultados indicaram que os alevinos de S. brasiliensis apresentaram melhor crescimento na ausência do manuseio e na densidade de 30 peixes m-3. A atividade das enzimas antioxidantes foi dependente do manuseio e do tempo, condição que não foi observada para a [Hb], para o Ht, para o lactato e para os íons Na+, Cl-, K+ e Ca2+ no plasma. As variações da concentração de glicose e do Ht nos peixes com manuseio sugerem a ocorrência de estresse agudo, assim como as da glicose e do lactato na ausência do manuseio. |