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A lexicografia é uma atividade pouco conhecida pela grande maioria das pessoas e de grandes e importantes atribuições, pois é responsável entre outras coisas, pelo registro de uma língua. Uma língua, especialmente uma tão falada no atual contexto mundial, como é o caso da espanhola, é formada por diferentes variedades regionais. Esses regionalismos são receptores das mais diversas influências, o que resulta em diferenças nos falares de cada país ou região. Buscou-se, neste trabalho, analisar 4 dos dicionários bilíngues brasileiros (espanhol?português, em versão impressa, mini ou escolar) mais usados, o Michaelis, o Ática, o Larousse e o Ftd, e verificar como se comportam estas obras em relação aos regionalismos hispano-americanos, uma vez que o Brasil está cercado por países hispano-falantes e mantém com eles importantes relações sociais e políticas. Como base de comparação foram utilizados dois dicionários monolíngues espanhóis (o DRAE e o DUE), dois bilíngues ingleses (o Oxford e o Collins), ambos em versão digital (CD-ROM) e um bilíngue brasileiro, o Globo versão impressa. Em cada obra analisada se observaram os paratextos, e as entradas, na letra A, de a a aguz., na letra M de Ma até Maz. e na letra R, de Re até Rez., para verificar a presença de americanismos e como estes são tratados. Os resultados mostraram que os dicionários brasileiros, mesmo aqueles em versão estendida, precisam evoluir. Porém, diferentemente do que se poderia esperar, os dicionários monolíngues espanhóis não se sobressaíram como o esperado em relação ao registro dos regionalismos americanos, ficaram em segundo lugar, perdendo para os dicionários bilíngues ingleses. Enquanto isso, os dicionários bilíngues brasileiros ainda precisam progredir em alguns aspectos, como é o caso do registro da variedade americana em maior escala. Os regionalismos foram tratados de forma diferente em cada um deles e mesmo que seja mais provável que um usuário brasileiro tenha mais contato com o espanhol da América Latina do que com a variante europeia, os dicionários bilíngues brasileiros não atendem esta necessidade. |
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