Abstract:
|
O presente trabalho busca analisar qual a contribuição da Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC em ações junto à instituições voltadas para portadores de deficiência intelectual em fase adulta, sob a perspectiva dos docentes da Universidade. Nenhum componente teórico oferecido em diversas cadeiras ofertadas pelos cursos de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, dentre outros, pode prescindir da vivência prática e um projeto de apoio e socialização de portadores de deficiência intelectual não pode atingir plenamente seus objetivos sem a colaboração de profissionais qualificados. Nesta perspectiva, foi analisado o caso da Cooperativa Social de Pais, Amigos e Portadores de Deficiência - COEPAD em parceria com a UFSC e procura-se lançar luzes sobre as formas de aprofundar e incrementar esse vínculo Universidade-ação social. Para fundamentar o estudo foram apresentadas considerações sobre temas como gestão social, inclusão social e aspectos históricos e legais da deficiência intelectual, em âmbito regional e nacional. Em termos conceituais houve apropriação de estudos e pesquisas desenvolvidas por autores como Fernando Tenório (1998, 2008), Romeu Sassaki (2005, 2007), além da Constituição Brasileira e documentos de órgão governamentais e não governamentais voltados ao apoio de ações pedagógicas aos portadores de deficiência intelectual em fase adulta. A pesquisa é caracterizada como descritiva e como um estudo de caso. Para coleta dos dados fora utilizadas a pesquisa bibliográfica, documental e aplicação de questionários e docentes dos cursos de libras, psicologia, fonoudiologia, serviço social, pedagogia e educação física, entendidos como atores potenciais no desenvolvimento de ações junto a deficientes intelectuais. Dentre as principais conclusões obtidas no desenvolvimento deste estudo destacam-se que os docentes da UFSC reconhecem a importância do tema, ainda que o mesmo seja pouco trabalhado em atividades de ensino, pesquisa e extensão dentro da instituição. Quanto às atividades desenvolvidas em âmbito acadêmico, constatou-se que as mesmas ainda são pouco percebidas pela comunidade acadêmica. Acredita-se que seja necessário um movimento de sensibilização e mobilização de todos os atores institucionais, para que iniciativas que integrem Universidade e sociedade civil possam ser realizadas, visando promover ações efetivas junto aos deficientes intelectuais e a superação dos paradigmas assistencialista e paternalista que permeiam o tema. |