Abstract:
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A formulação de estratégias tem sido, comumente, levada a cabo a partir da consideração das condições do ambiente externo e, sobretudo, da análise do setor em que a empresa está inserida. De acordo com este enfoque, o exame das influências do meio externo caracteriza-se como o principal instrumento de apoio à obtenção de informações necessárias para que se possam definir os rumos possíveis para o alcance dos resultados pretendidos pela organização. Assim, a análise das possíveis conjunturas e ameaças futuras, com o objetivo de explorá-las ou combatê-las respectivamente, constitui o cerne da maior parte dos trabalhos que tratam deste tema. Surge recentemente, uma abordagem alternativa, denominada de teoria dos recursos e capacidades (enfoque interno ou análise interna). Esta teoria propõe que a formulação de estratégias deve ocorrer a partir do potencial dos recursos e das capacidades internas da empresa, e não a partir da análise externa. Portanto, ainda que a abordagem do enfoque externo seja predominante na literatura especializada em estratégia, a mesma vem sendo confrontada pela teoria dos recursos e capacidades. Quando se trata de instituições universitárias, pode-se dizer que estas se diferenciam das organizações empresarias porque possuem características próprias, as quais dificultam sua rápida adaptação ao meio externo. Parece então, que as características destas instituições facilitariam a utilização da teoria dos recursos e capacidades como base para a formulação de estratégias. O objetivo geral é, então, verificar se na FURB e na UNIVALI, os gestores tomam como base para a formulação de suas estratégias nas funções de ensino, pesquisa e extensão, seus recursos e capacidades internos. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com método quantitativo. Os resultados da pesquisa indicam que para a formulação de estratégias em determinadas funções a teoria dos recursos e capacidades já vem sendo utilizada. Já em outras funções, o enfoque externo é mais utilizado pelas universidades pesquisadas. |