Abstract:
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No Brasil, a videira vem sendo explorada comercialmente a mais de um século e se firmou como atividade sócio-econômica de importância relevante, inicialmente, em regiões de clima temperado dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Para o desenvolvimento de uma vitivinicultura rentável, é fator preponderante que os vinhedos sejam implantados com mudas de boa qualidade, com sanidade e pureza varietal comprovada e dentro dos padrões estabelecidos pela legislação oficial. A muda de videira é obtida através da multiplicação vegetativa, seja utilizando-se estacas da produtora, em plantio direto, conhecida por "pé-franco", ou através do processo de enxertia. A muda de "pé-franco" é utilizada somente para cultivares americanas (Vitis labrusca) e híbridas, conhecidas como uvas comuns, por apresentarem certa tolerância à filoxera (Daktylosphaera vitifoliae), enquanto que a muda enxertada é obrigatória para as uvas finas (Vitis vinifera) por serem muito suscetíveis a essa praga. A produção da muda por enxertia é mais recomendada, mesmo quando se trata de uvas comuns, pois a utilização do porta-enxerto, além de assegurar um controle mais eficiente da filoxera, pode agregar outras vantagens, como melhorar a qualidade da uva, conferir maior resistência a doenças de solo, maior adaptação a diferentes tipos de solos, maior precocidade, etc. No presente trabalho foi feito um estudo aprofundado sobre a produção de mudas e sobre a enxertia abordando assuntos referentes à produção e certificação. O estudo foi realizado no município de Rodeio-SC, num viveiro de mudas certificadas de videira. |