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Esse trabalho analisou a inserção da população negra no mercado de trabalho formal em Florianópolis na Primeira República. A amostra foi um livro de registro de funcionários(as), provavelmente de 1928, da fábrica de Pontas Rita Maria, pertencente a Companhia Hoepcke, do imigrante alemão Carl Hoepcke. Alicerçado nos dados das fichas que compõem o livro, foi estabelecido o perfil dos(as) trabalhadores(as)da fábrica através de divisões em faixas salariais, considerando a hierarquia de serviço, baseada no tempo de trabalho, cargo e idade. Diante da análise pode-se perceber um espaço de trabalho diversificado, com mulheres e homens, imigrantes, nacionais, negros e brancos convivendo na mesma instituição, porém, com lugares demarcados. Entre o grupo masculino uma hierarquia étnica e racial se fez bastante clara, em contraponto, o conjunto feminino não apresentou tanta distinção entre si, mas retratou notável diferença salarial em relação aos homens. Além das questões diretamente relacionadas ao salário, a pesquisa traz algumas discussões sobre o universo do trabalho na sociedade brasileira nesse período, como leis de férias e de acidentes de trabalho. |
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