Abstract:
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O futebol se transformou numa grande indústria do entretenimento e com isso os clubes profissionais passaram a obter mais receitas na sua atividade. Hoje os clubes brasileiros movimentam milhões de reais e com isso devem prestar informações contábeis aos seus usuários, sejam eles internos ou externos. Este artigo busca, a partir da utilização de índices contábeis, analisar a situação econômico-financeira dos clubes de futebol de Santa Catarina entre os anos de 2012 a 2016. Esta análise visa avaliar a rentabilidade, a capacidade de pagamento das obrigações no curto e longo prazo e, também, a estrutura de capital destas entidades, observando assim o tamanho e a distribuição das suas dívidas. A justificativa para esta pesquisa vem da ascensão dos clubes do estado no cenário futebolístico nacional nos últimos anos. Para a realização do estudo, foram selecionadas as demonstrações contábeis dos oito principais clubes do estado em 2016 - Avaí, Brusque, Chapecoense, Criciúma, Figueirense, Inter de Lages, Joinville e Metropolitano - e escolhidos sete indicadores econômico-financeiros para analisá-las: Rentabilidade do Ativo, Rentabilidade do Patrimônio Líquido, Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Grau de Endividamento Global, Participação do Capital de Terceiros e Composição do Endividamento. Os resultados apontam que a maioria dos clubes possuem dificuldades de terem superávit no resultado do exercício, apresentam um alto risco de liquidez e possuem um alto endividamento em relação ao seu Ativo. Ao fim do ano de 2016, apenas Chapecoense e Criciúma apresentaram Patrimônio Líquido com saldo positivo. Todos os demais clubes encerraram o último ano analisado com Passivo a descoberto |