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Não é novidade o fato de a Educação Física passar por dificuldades no cenário escolar. Seu lugar em dispositivos legais como a LDB não lhe garante, de forma definitiva, o espaço como componente curricular. Essa situação parece se agravar ainda mais no Ensino Médio. O presente trabalho procurou investigar discursos legitimadores da Educação Física nesse grau de ensino, como também, práticas de seleção, organização e ensino de conteúdos para ele. Para tanto, foi escolhida uma escola e analisados fontes escritas, protocolos de aulas observadas (dezoito) e, principalmente, depoimentos de professores (quatro). Os objetivos da investigação e o conjunto de dados coletados nos levaram a quatro categorias analíticas: Educação Física como disciplina curricular; Conteúdos sobre as práticas corporais; Práticas e cuidados com o corpo para além do esporte; Gosto. Os resultados, ainda que evidentemente não esgotem a temática, apontam para uma procura por legitimação da Educação Física por meio de sua equiparação às demais disciplinas (mas também por meio da crítica a elas), o que pode colocar em jogo suas especificidades. A disciplina permanece ambígua, já que posições adotadas na disciplina não conferem caráter de igualdade com outros componentes curriculares obrigatórios, a exemplo de deixar conteúdos à livre escolha dos alunos, por exemplo. Esses pontos e outras características encontradas no campo, são discutidos neste trabalho. |
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