Abstract:
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Os transtornos na saúde mental da criança e do adolescente representam uma situação para a qual os profissionais de saúde devem olhar com atenção e cuidado. Preocupado com a atenção na saúde mental nesta faixa etária, este trabalho de conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem tem como objetivo geral: conhecer as formas de enfrentamento e o itinerário terapêutico das famílias de crianças e adolescentes com transtornos na saúde mental. É um estudo descritivo exploratório com abordagem qualitativa. O trabalho foi pensado a partir de um Trabalho de Conclusão de Residência no grupo de pesquisa GEPESCA que investigou a atuação multiprofissional no atendimento à saúde mental infanto-juvenil, como considerações destacou-se a importância da família e aqui estamos. Participaram oito famílias representadas por cinco mães de crianças/adolescentes, dois pais e uma avó em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial de um município de Santa Catarina/Brasil. Para coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada, o Genograma interacional e o Ecomapa. Os dados foram coletados no período de agosto a outubro de 2018. A análise de Conteúdo foi utilizada para a análise dos dados e emergiram resultados emduas categorias: oenfrentamento de famílias de crianças e adolescentes com transtorno na saúde mental e o itinerário terapêutico das famílias de crianças e adolescentes com transtorno na saúde mental. Estas foram discutidas à luz da literatura. As formas de enfrentamento utilizadas pelas famílias acabam resultando em isolamento social e sobrecarga nas funções familiares. Conclui-se que o cuidado às crianças e adolescentes com transtorno mental é complexo e as famílias enfrentam dificuldades no acesso aos serviços. O itinerário terapêutico encontrado reforça tais dificuldades evidenciando as fragilidades na rede de atendimento e a necessidadede maior atenção por parte de profissionais da saúde e dos gestores das instituições nas quais as crianças, adolescentes e suas famílias transitam. A capacitação dos profissionais da saúde para o atendimento e a otimização no acesso aos serviços podem diminuir os percalços da caminhada e contribuir para a efetivação das políticas de atenção à criança e ao adolescente com transtorno mental e seus familiares. |