Abstract:
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Diante da atual situação de escassez dos recursos hídricos e da poluição dos mananciais, o crescimento da suinocultura, aliado ao uso ineficiente de água e ao manejo inadequado dos dejetos nas granjas, apresenta-se como um agravante desse cenário. Assim, buscam-se soluções que visam amenizar esses impactos e tornar o sistema produtivo viável ambientalmente e economicamente. Este trabalho visou projetar os sistemas de aproveitamento de águas pluviais e efluentes em uma Unidade de Ensino de Suinocultura (UES), com foco na produção animal sustentável. Para início de projeto analisaram-se as estruturas, quantificaram-se as demandas de consumo e verificou-se a oferta de água pluvial, com base nas séries históricas de precipitação do município, obtidas pelo Banco de dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP) do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). A partir dessa análise, aplicaram-se os dados encontrados no programa computacional NETUNO®. A ferramenta foi utilizada para avaliar os potenciais de economia de água da concessionária e encontrar o volume ideal da reserva de água da chuva. As demandas consideradas no software contabilizaram todos os usos da granja, desde a limpeza de instalações à dessedentação dos animas. A partir dos volumes e percentuais encontrados, realizou-se análise econômica para verificar os ganhos ambientais do uso majorado de água na UES, tanto para fins potáveis, quanto não potáveis, utilizando o mesmo programa. Os potenciais de utilização de água da chuva foram de 75% a 96% nos galpões de produção animal e de 55% na estrutura de apoio e acesso a unidade, enquanto a análise econômica retornou valores presentes líquidos positivos em quatro galpões, o que indica viável a sua implantação. O sistema de efluentes foi subdividido em efluentes suínos e sanitários e a concepção buscou os menores traçados adaptados à UES. O transporte dos dejetos suínos foi gravitacional pelos fossos localizados abaixo dos galpões e conduzidos por tubulações de PVC até a elevatória locada no terreno entre as estruturas. A elevatória bombeia os dejetos ao tratamento. Os efluentes sanitários foram dimensionados pelo método de Unidade Hunter de Contribuição (UHC) e quesitos da norma ABNT, NBR 8.160/89. Ambos os resultados apresentaram concepções ambientalmente viáveis e conclui-se que diante de planejamento e o dos efluentes, a partir de um bom estudo de alternativas e planejamento, é possível encontrar uma solução viável. |