Abstract:
|
A urbanização que ocorre nos países em desenvolvimento gera, entre
outros problemas, a ocupação desordenada em áreas sem infraestrutura
adequada, o que contribui para a degradação ambiental e poluição dos
corpos hídricos. O bairro do Itacorubi, em Florianópolis, é uma região
com histórico de ocupação urbana acelerada e poluição de seus cursos
d´água. O córrego do Itacorubi, com nascentes no Morro do Quilombo,
deságua no rio Itacorubi e, posteriormente, no manguezal. Nesse
contexto, objetivou-se avaliar os efeitos da urbanização sobre esse
córrego, através de indicadores ambientais expressos pelo modelo
Pressão-Estado-Resposta (PER), considerando sua sub-bacia hidrográfica
de influência. Os indicadores selecionados foram: Indicadores de Pressão
- uso do solo, densidade demográfica em área ocupada, saneamento, e
retificação do canal; Indicadores de Estado - cobertura vegetal e
qualidade da água do córrego; Indicadores de Resposta - Plano Diretor,
cumprimento do Código Florestal e Lei da Mata Atlântica; Plano
Integrado de Saneamento Básico, CONAMA 430/2011 e Decreto
14.675/2009; iniciativa privada e sociedade civil. A metodologia para a
medição dos indicadores ocorreu através de revisão bibliográfica; da
obtenção de dados em campo, como registros fotográficos, entrevistas,
coleta e análise da água do córrego do Itacorubi; dados secundários; e
através de mapeamentos. Como produto, construiu-se uma matriz de
vulnerabilidade para o córrego do Itacorubi, salientando-se as conexões
entre os indicadores de Pressão e Estado. A matriz apontou que os
indicadores de Pressão uso do solo e saneamento são os que mais
influenciam no indicador de Estado qualidade de água. Diante das
Respostas atuais, observou-se que apesar de haver um Plano Diretor, de
Saneamento Básico, legislações pertinentes à conservação ambiental e
algumas ações da sociedade civil, o córrego do Itacorubi passa por um
processo intenso de antropização, causado pela urbanização e seus efeitos
na sub-bacia de estudo. |