Abstract:
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Com o intuito de regular a temperatura e a circulação do ar em ambientes indoor, condicionadores de ar são utilizados em larga escala nesses locais. Entre os possíveis contaminantes presentes em um ambiente indoor, o mercúrio (Hg) destaca-se em função de sua alta toxicidade e facilidade de dispersão. Estudos relatam que pacientes expostos ao mercúrio podem ter sintomas como dores de cabeça, distúrbios visuais e até depressão. Nesse contexto, este trabalho propõe a análise de material retido em filtros de condicionadores de ar com intuito de avaliar as qualidade do ar de ambientes laboratoriais de ensino e pesquisa do Departamento de Química da UFSC com relação a presença de Hg. O material coletado foi submetido à digestão ácida assistida por micro-ondas, com posterior determinação de Hg por Espectrometria de Fluorescência Atômica. O comprimento de onda utilizado foi 253,7 nm. As concentrações dos reagentes foram otimizadas em: 1% m/v de SnCl2, diluída com 1% v/v de HCl; 1,5% v/v de HCl reacional; KMnO4 0,03% m/v e Cloridrato de Hidroxilamina 0,015% m/v, respectivamente. Os resultados obtidos apontam que há a presença de mercúrio em todas as amostras, variando de 3,7 a 19,0 μg kg-1 nos laboratórios de pesquisa e 0,6 μg kg-1 no laboratório de ensino. Os limites de detecção e quantificação do método foram 0,1 e 0,3 μg kg-1, respectivamente. O material de referência certificado de cinzas de incineração de resíduos urbanos (BCR 176) foi utilizado para avaliação da exatidão do método proposto, obtendo-se concordância de 87%. Além disso, foi realizado também testes de recuperação para dois níveis distintos de concentração, obtendo concordância de 88 a 120%. |