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O objetivo deste trabalho é propor uma reflexão acerca das implicações que podem ter ocorrido na identidade popular do torcedor do Figueirense a partir da implantação de um modelo de gestão empresarial no clube entre 1999 e 2010. Agremiação cuja origem remonta um bairro pobre, com moradores predominantemente negros da cidade de Florianópolis, numa ligação popular intrínseca entre seus torcedores. Para analisarmos essas mudanças, pretendemos verificar como foi sendo estabelecida no Brasil e em Santa Catarina a popularização do futebol, uma prática inicialmente elitizada. Nesse sentido, a importante relação e utilização do futebol pelos diversos agentes políticos ao longo das diferentes formas de governo que administraram o país ao longo do século XX, consolidando o esporte como grande elemento de uma identidade nacional, precisam ser investigadas. Com as mudanças ocorridas na virada do século XXI para um mundo globalizado, com clubes sendo administrados como empresas e o futebol como negócio, também foram alteradas a relação do torcedor com esporte, da mesma forma que também afetaram a relação dos torcedores brasileiros com o futebol. Tais relações precisam ser estudadas numa ótica multidisciplinar, compreendendo também fatores sociológicos que compõem os vínculos dos torcedores com seus clubes e seleções. |
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